5 comportamentos que levam os investidores ao fracasso

5 comportamentos que levam os investidores ao fracasso

O investidor bilionário americano Charlie Munger disse: “Muitas pessoas com QI alto são investidores terríveis porque têm temperamentos terríveis. Você precisa manter as emoções cruas e irracionais sob controle.” Sendo assim, é muito importante entender quais são os 5 comportamentos destrutivos dos investidores e saber como evitá-los.

Em outras palavras, vieses comportamentais existem e nos influenciam subconscientemente, gerando um dos 5 comportamentos destrutivos dos investidores, muitas vezes a um custo significativo.

Portanto, investir, antes de tudo, trata-se de uma luta pelo autocontrole. Os investidores não podem definir para onde vai o mercado financeiro, mas podem controlar suas reações. Sendo assim, vejamos quais são os 5 comportamentos destrutivos dos investidores e como ficar longe deles.

1) Efeito manada

Adam Smith, conhecido como o pai da economia moderna, disse no livro The Money Game: “Se você não sabe quem você é, o mercado de ações é um lugar caro para aprender quem você é.”

As palavras de Smith reforçam o posicionamento de mercado que os investidores devem ter, especialmente nos piores momentos de seu portfólio, para manter suas estratégias de investimento intactas e operacionais.

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Contudo, ao abandonar a análise independente e se “juntar à multidão”, ou seja, copiando o que outros investidores estão fazendo, o investidor se envolve no que é conhecido como “efeito manada”, onde suas decisões são fortemente influenciadas pela emoção e pelo instinto.

Isso porque ir contra a multidão muitas vezes desencadeia medo imediato. Isso porque todos os outros que disserem “A” farão o investidor se preocupar com a possibilidade de estar errado ao pensar “B”.

Além disso, os investidores muitas vezes se sentem constrangidos ou pensam que foram estúpidos por escolher a opção “B”, à medida que todos escolhem pela “A”.

Evitando o efeito manada

Para evitar este que é um dos 5 comportamentos destrutivos dos investidores, a diversificação do portfólio é uma ferramenta importante que pode e deve ser usada para compensar os efeitos da volatilidade do mercado.

Equilibrar investimentos de risco favoráveis ​​ao rebanho com opções mais estáveis, como títulos, fundos mútuos e até commodities, pode ajudar um portfólio a evitar oscilações violentas do mercado.

2) Prova social

Com características semelhantes ao efeito manada, a prova social surge quando os investidores seguem o comportamento de outros na tentativa de espelhar o comportamento “correto” para uma determinada operação de mercado.

Esse desejo de se adequar aos padrões estabelecidos ou imitar figuras de autoridade, formadores de opinião ou pessoas consideradas “inteligentes” é a “cola social” que mantém alguns investidores unidos.

Em outras palavras, a prova social é um viés psicológico subjacente que leva ao que percebemos como comportamento de “pensamento de grupo”. Em meio a essa complexidade, parte-se do pressuposto de que as pessoas ao seu redor possuem mais conhecimento sobre o mercado financeiro.

Os preços das ações, por exemplo, tendem a refletir o valor intrínseco de uma empresa no longo prazo.

No curto prazo, no entanto, o mercado costuma ser um barômetro da mudança do sentimento do investidor e, durante os períodos de baixa, os investidores podem tomar decisões surpreendentemente irracionais, como vender ativos apenas porque um “guru do YouTube” os está vendendo. Deixe bem claro a prova social.

Evitando a prova social

A prova social pode ser instintiva, mas existem maneiras de evitá-la, como:

3) Medo de perder

O medo da perda é uma emoção poderosa para os investidores e, se não for controlado, pode custar muito dinheiro a longo prazo. Trata-se de um produto natural da evolução humana.

Por exemplo, nossos cérebros são programados para detectar riscos, uma ferramenta cognitiva útil que ajudou os primeiros humanos e nossos ancestrais a sobreviver, quer eles tivessem que fugir de um predador ou determinar quais alimentos eram seguros para comer.

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No entanto, avançando para os tempos modernos, ainda não evoluímos para viver nos mercados financeiros, e os antigos mecanismos de detecção de ameaças e prevenção de perdas podem estar nos prestando um péssimo serviço.

Desse modo, é menos provável que um indivíduo compre uma ação se for considerada arriscada com potencial para perda de dinheiro, mesmo que os riscos sejam bem calculados e o potencial de recompensa seja alto.

Como evitar o medo de perder

O medo de perder é um dos 5 comportamentos destrutivos dos investidores, sendo um dos mais comuns na renda variável.

Uma maneira fácil de lidar com o medo de perder é se perguntar qual seria o pior resultado se você seguisse o curso de ação.

Isso geralmente ajuda o investidor a colocar a perda e o intenso sentimento associado a ela em perspectiva e racionalizar melhor se vale a pena tomar a decisão.

4) Efeito posse

Nunca esqueça que investir é um negócio, não um hobby ou caridade. Portanto, é importante não se apaixonar por um ativo, adentrar no que é chamado como “efeito posse”, porque elas não vão te amar de volta.

Admitir que comprar a ação errada é a coisa mais difícil a se fazer. Todo investidor fica triste ao ver seu portfólio perder dinheiro. Contudo, a razão pela qual a maioria dos investidores falha é devido a seu senso de propriedade das ações que estão comprando.

Não deixe que o ego atrapalhe o modo de ganhar dinheiro ou estancar o sangramento em uma negociação que perdeu seu fundamento. Como resultado, ao dominar o efeito posse, os investidores obterão mais lucros nas negociações vencedoras e perderão menos nas negociações fracassadas.

Mitigando o efeito posse

Como na maioria das decisões financeiras, é importante ter um plano. Evitar o arrependimento é a parte mais complicada de cortar posições perdedoras. Uma maneira de minimizar o arrependimento é vender parte de seu portfólio em um cronograma pré-determinado.

Esse cronograma pode ser distribuído por vários anos para evitar o pagamento de muito imposto sobre ganhos de capital em um ano. Não se esqueça, você pode manter alguns ativos para sempre, se quiser, desde que seus fundamentos se mantenham sólidos.

5) Não estudar

Ninguém gosta de errar, principalmente na hora de investir. Cometer erros não é apenas um golpe para o ego, mas também para o resultado da carteira. No entanto, nenhum investidor tem uma taxa de sucesso 100% livre de erros.

Erros são inevitáveis. No entanto, nenhum investidor pode aprender com seus erros e obter resultados de mercado com eles se não puder reconhecer seus erros quando eles acontecerem novamente. Por isso, um ponto fundamental para qualquer investidor é se dedicar ao aprendizado.

Em suma, não existe algoritmo ou fórmula infalível que garanta o sucesso. Os investidores devem entender as ações, ideias de investimento, planos, estratégias e mentalidades que podem usar para entrar no mercado.

Assim, sabendo quais são os 5 comportamentos destrutivos dos investidores e como fugir deles, as chances de sucesso nos investimentos se tornam ainda maiores.

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado de ações, criptomoedas, fundos imobiliários e economia popular. Graduando em Engenharia Química pela Unesp, também já trabalhei como consultor financeiro.

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