Uma das coisas que o investidor falha na hora de investir em um fundo, é saber como funciona o resgate no fundo de investimento.
Ao investir em um fundo, é fundamental se atentar no tempo que o investidor leva para receber o dinheiro a partir da data de pedido de resgate do fundo de investimento.
É esse prazo que determina a liquidez do fundo, que é o modo de transformar as cotas em dinheiro. Dependendo do tipo de ativo em que o fundo investe e da sua estratégia, esse prazo pode ser maior ou menor. Por isso que é muito importante saber o prazo de resgate do fundo de investimento.
Portanto, para evitar que isso aconteça, é c, seja por um assessor de investimentos ou por meio da leitura da lâmina e do prospecto do produto.
Como funcionam as aplicações e resgate no fundo de investimento
Ao aplicar em um fundo de investimento, o investidor adquire cotas desse fundo.
O valor das cotas é atualizado diariamente na maioria dos fundos de investimento, como resultado da valorização ou desvalorização da carteira de investimentos do fundo.
Assim, o valor das cotas sobe ou cai em decorrência da rentabilidade do fundo.
No entanto, a quantidade de cotas que o investidor detém permanece a mesma.
Por exemplo, se o investidor comprar 10 cotas de um fundo de investimento por 1.000 reais, isso significa que cada cota vale 100 reais.
Se em determinado dia este fundo tiver uma valorização de 1%, sua quantidade de cotas permanecerá a mesma, mas seu investimento subirá para 1.010 reais.
Isso porque cada uma das 10 cotas que você detém passou a valer 101 reais.
Portanto, a quantidade de cotas aumenta se o investidor aportar mais recursos no fundo, e diminui se o mesmo efetuar resgates.
Contudo, o número de cotas também é reduzido quando chega a data de tributação do fundo.
A cobrança de imposto de renda de boa parte dos fundos de investimento, com exceção dos fundos imobiliários que é isento de impostos, é feita semestralmente em cotas, mesmo que não haja resgates.
É o chamado come-cotas, que ocorre todo último dia útil dos meses de maio e novembro.
Informações importantes sobre aplicação e resgate de fundo de investimento
Ao ler a lâmina ou o prospecto de um fundo de investimento, o investidor vai se deparar com alguns dados técnicos sobre suas aplicações e resgates, bem como suas características de liquidez.
Por isso, para interpretá-los corretamente, o investidor deve entender os seguintes conceitos:
- Prazo de cotização: é o tempo que o fundo leva para converter o dinheiro em cotas, a partir da data de aplicação, ou as cotas em dinheiro, a partir da data do pedido de resgate.
- Prazo de liquidação: é o tempo que o fundo leva, depois da cotização, para depositar o dinheiro resgatado na conta do cotista.
- Prazo de resgate: é o tempo decorrido desde o pedido de resgate até o depósito do dinheiro na conta do cotista. É a soma do prazo de cotização com o prazo de liquidação.
- D+n: é a forma de medir os prazos no mercado financeiro, como os prazos de cotização, liquidação e resgate.
A letra D representa o dia útil em que foi realizada a operação.
Já a letra n representa o número de dias úteis ou corridos a partir da data de operação.
Em linhas gerais, no regulamento do fundo é especificado, em cada caso, se a contagem se dá em dias úteis ou corridos.
Por exemplo, se um fundo tem prazo de cotização na aplicação e/ou no resgate de D+0 significa que a conversão de cotas é feita no mesmo dia do pedido de aplicação e/ou resgate.
Já um fundo que tem prazo de cotização para resgate em D+3 dias úteis só realiza a conversão de cotas no terceiro dia útil seguinte à data de solicitação do resgate.
Por fim, é muito importante que o investidor saiba como ocorre a aplicação e o resgate no fundo de investimento para que não acorra surpresas desagradáveis. Bons investimentos!