TRXF11, AZLR11 e RCRB11 entre os destaques do Bom Dia FIIs (7/10)
TRXF11 divulga projeções sobre novas aquisições e RCRB11 explica acordo com a WeWork que prevê desocupação de parte do imóvel.
Os fundos imobiliários TRXF11, AZLR11 e RCRB11 estão entre os destaques do noticiário nesta segunda-feira (7), na abertura de uma semana em que o mercado tenta iniciar um processo de recuperação, depois de viver seus piores dias desde o início do ano.
O IFIX fechou na sexta-feira (4) em 3.276,30 pontos, alta de 0,14% em relação ao fechamento de quinta-feira (3), mas ainda o segundo pior resultado do ano, acima apenas da véspera, quando ficou em 3.271,60 pontos.
O índice de FIIs operou o dia todo no azul, chegando à máxima de 3.277,30 pontos pela manhã e fechando o pregão com o resultado máximo da tarde. A alta, no entanto, foi insuficiente para recuperar os resultados negativos acumulados pelo principal índice do mercado de FIIs ao longo da semana, de 0,99%, e no mês de outubro, de 0,90%.
No ano, a perda acumulada é de 1,06% em relação ao resultado do último dia útil de 2023, em 3.311,43 pontos. Em relação à cotação máxima do IFIX, obtida em 12 de abril, com 3.423,95 pontos, a perda acumulada é de 4,31%.
Um dos fatores que podem movimentar positivamente o mercado nesta semana é a distribuição de dividendos por cerca de 200 FIIs, anunciados ao longo da semana passada e que podem ampliar a liquidez do mercado com novas aquisições.
Confira outras notícias do mercado:
ALZR11 paga R$ 60 milhões por dois imóveis locados a laboratório em SP
O fundo imobiliário ALZR11 anunciou ter concluído a aquisição de dois imóveis em São Paulo, nos bairros Vila Mariana e Morumbi, que pertenciam a outro FII, o TJKB11, e estão ocupados por laboratórios da CDB Inteligência Diagnóstica, marca integrante do Grupo Alliança (AALR3).
O valor total da transação é de R$ 60 milhões, e o FII ALZR11 já realizou o pagamento do sinal, no valor de R$ 15 milhões. O restante será pago em três parcelas semestrais, também de R$ 15 milhões, sem reajuste.
Os imóveis estão locados por meio de contratos atípicos firmados em janeiro de 2024, com prazos iniciais de no mínimo 10 anos. O aluguel mensal total vigente é de aproximadamente R$ 432 mil, e já começa a ser recebido pelo ALZR11 imediatamente. Segundo a Alianza, gestora do fundo, o dividend yield médio deve ser de 22% no primeiro ano.
O impacto nos dividendos, segundo a gestora, vai depender da “performance operacional do conjunto de ativos imobiliários”, mas a expectativa é que o incremento nas receitas do fundo seja de R$ 0,04 mensais por cota durante o primeiro ano.
RCRB11 e WeWork fecham acordo e aluguéis atrasados serão pagos
O fundo imobiliário RCRB11 firmou um novo acordo comercial com a WeWork e com os demais coproprietários do empreendimento Girassol 555, imóvel localizado na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, do qual o FII é dono de cerca 35%.
O imóvel está situado em uma localização considerada estratégica pelo fundo, com demanda alta de mercado. Segundo a Rio Bravo, gestora e administradora do RCRB11, o acordo obtido foi “muito positivo para os cotistas do Fundo” e prevê o total pagamento dos aluguéis em atraso, sem correção e sem multa por parte da WeWork.
Além disso, o acordo inclui a desocupação imediata do bloco C, com mobiliários e outras benfeitorias feitas, somadas a uma multa de rescisão antecipada que será parcelada em três vezes e as parcelas serão quitadas ainda no semestre atual.
O documento assinado pelas partes também prevê a permanência da WeWork nos blocos A e B do imóvel. Nesse sentido, haverá um desconto pontual no valor do aluguel nos próximos 12 meses.
KNSC11 anuncia captação máxima em sua oferta milionária
O fundo imobiliário KNSC11 anunciou o encerramento de sua 5ª oferta de emissão de cotas, com a captação máxima prevista, de R$ 625 milhões, a partir da subscrição de 69,444 milhões de cotas, cujo preço de cada uma delas foi de R$ 9,19, sendo R$ 9,00 como valor patrimonial e R$ 0,19 como custos de distribuição.
A oferta contou com um total de 22.408 subscritores, dos quais 22.294 se referem a “pessoas naturais”, enquanto o restante são pessoas jurídicas. O montante inicialmente ofertado era de R$ 500 milhões e podiam participar dessa emissão os investidores de forma geral.
Os recursos levantados na oferta serão usados para comprar ativos e ativos de liquidez. A alocação pode ser realizada de maneira ativa e discricionária pela Kinea, gestora do fundo, de acordo com a proposta do KNSC11, de investir em valores mobiliários de natureza imobiliária, sobretudo em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e cotas de outros fundos imobiliários.
TRXF11 explica operação que vai expandir o tamanho do fundo
O fundo imobiliário TRXF11 explicou, em relatório gerencial, as novas aquisições de seu portfólio, com ativos que podem trazer vantagens estratégicas aos cotistas. A operação, firmada com o Grupo Mateus, inclui quatro lojas “Big Box”, sendo uma já pronta e três em desenvolvimento. A operação não só melhora a receita potencial com contratos de longa duração, mas também aumenta o cap rate implícito para o primeiro ano em 8,60%.
O valor total do investimento feito pelo TRXF11 alcança aproximadamente R$ 122,86 milhões, com as lojas adquiridas a um preço médio de R$ 4.125,86 por metro quadrado, bem abaixo do valor patrimonial médio das lojas do fundo, que é de R$ 4.908,29 por metro quadrado.
Os contratos estabelecidos possuem um prazo de locação de 20 anos, com penalidades rigorosas para rescisão antecipada, garantindo a estabilidade de receita para o TRXF11.
Para financiar essa aquisição sem comprometer o caixa, o fundo está estruturando uma operação de securitização de recebíveis, o que permitirá um fluxo de capital mais eficiente e uma alavancagem controlada. Com estas novas aquisições, o TRXF11 passará a contar com 55 imóveis, diversificando sua presença para 12 estados e aumentando a área bruta locável para 544.364,29 metros quadrados.