RCRB11, SNEL11 e OIAG11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (9/9)

RCRB11 anunciou nova compra de imóveis, SNEL11 ampliou média de liquidez e OIAG11 informou aumento do patamar na distribuição de dividendos.

RCRB11, SNEL11 e OIAG11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (9/9)
Escritório do RCRB11 antes e depois de retrofit - Foto: Divulgação

Os fundos imobiliários RCRB11, RBRP11 e SNEL11 e o Fiagro OIAG11 estão entre os destaques do mercado nesta segunda-feira (9), dia que marca a abertura da segunda semana de setembro e no qual o mercado deve começar a refletir as projeções e tendências para a Super Quarta, que acontece na semana que vem, com as divulgações de decisões de juros nos EUA e no Brasil.

Na sexta-feira (6), o IFIX fechou uma semana de volatilidade em 3.386,56 pontos, alta de 0,12% em relação ao fechamento de quinta-feira (5). O resultado acumulado na semana e no mês, contudo, ficou  negativo em 0,21% em relação ao resultado da sexta-feira anterior, dua 30 de agosto, de 3.393,55 pontos.

No ano, o IFIX acumula 2,27% de valorização. Na comparação com a máxima histórica do índice, de 3.423,95 pontos, obtido em 12 de abril, o resultado está 1,09% abaixo.

Enquanto nos Estados Unidos as expectativas são de queda na taxa de juros, depois de mais de um ano de estagnação, aqui no Brasil a tendência de consenso registrada pelo Boletim Focus, do Banco Central, ainda é de manutenção da Selic em 10,5% até o fim do ano.

Vários analistas, no entanto, vêm apontando uma possibilidade de alta na reunião do Copom, devido principalmente às pressões fiscais e inflacionárias e à aceleração da atividade econômica, ilustrada pela alta do PIB acima das expectativas, anunciada na semana passada.

Até agora, a tendência de consenso registrada pelo Boletim Focus, do Banco Central, é de manutenção da Selic em 10,5%, mas vários analistas vêm apontando uma possibilidade de alta, devido às pressões fiscais e inflacionárias.

A possibilidade de alta nos juros é vista como negativa para os fundos imobiliários de tijolo, que dependem de uma atividade econômica mais robusta e tendem a perder valor de mercado em momentos em que a Selic tende a subir.

Por outro lado, FIIs de papel, especialmente aqueles que priorizam papéis com remuneração atrelada ao CDI, tendem a se valorizar e ampliar as projeções de receita. A ver como o mercado vai se comportar neste começo de semana.

Confira as principais notícias do mercado:

SNEL11 dobra liquidez diária em primeira semana no IFIX

O SNEL11, FII de energias limpas sob gestão da Suno Asset, mais que dobrou seu volume diário de liquidez na primeira semana em que foi incluído no IFIX, o principal índice do mercado de fundos imobiliários.

O fundo teve volume financeiro total de R$ 5,2 milhões na semana passada, o que dá mais de R$ 1 milhão de liquidez média diária, puxado especialmente pelo movimento da sexta-feira, de R$ 1.651 milhão – mas perto do volume milionário em outros três dias da semana. 

Como comparação, no mês de agosto, o fundo imobiliário SNEL11 registrou um volume financeiro total de R$ 10,979 milhões, ou pouco mais de R$ 499 mil na média diária. 

O aumento da liquidez era uma das projeções da Suno Asset, gestora do SNEL11, como consequência da inclusão do IFIX, já que a entrada no índice é feita pela B3 a partir de critérios que funcionam como uma espécie de reconhecimento do trabalho. Além disso, há investidores profissionais e qualificados que só investem em FIIs que fazem parte do IFIX, justamente por enxergar esse endosso.

RBRP11 fecha novo contrato de aluguel no River One, em SP

O fundo imobiliário RBRP11 assinou um novo contrato de locação de imóvel para fins comerciais, pelo prazo de 10 anos, para o conjunto 102 do 10º andar do Edifício River One, no bairro Pinheiros, em São Paulo, com área total de 721,95 metros quadrados, o que corresponde a 3,5% das lajes corporativas do imóvel, que chegam a uma ocupação física de 78,6%.

A vacância física do RBRP11 cai de 16% para 14% com o novo acordo. Depois do encerramento do período de carência esperado para a locação, a vacância financeira do FII passará de 18% para 15%.

Levando em conta as outras negociações que estão em andamento, a gestão diz que não vai ser anunciado o preço por metro quadrado dessa locação, nem os períodos de carência e de desconto. Declarou, contudo, que o impacto da locação deve ficar em R$ 0,01 por cota. 

OIAG11 aumenta distribuição de dividendos mais uma vez

O OIAG11 anunciou um novo pagamento de dividendos aos seus investidores, no valor de R$ 0,10 por cota. Esse valor representa um dividend yield mensal de 1,21%, considerando o valor de fechamento da cota do último pregão do mês de agosto, em R$ 8,25.

Os dividendos do OIAG11 serão pagos aos investidores posicionados no Fiagro até o final do pregão da última sexta-feira (6). O fundo aumentou o valor pago no mês anterior, quando distribuiu R$ 0,095 por cota, um yield de 1,18%.

Nos últimos 12 meses, o Fiagro OIAG11, sob gestão da Fator, acumula o pagamento de R$ 1,38 por cota em rendimentos. O dividend yield anualizado do fundo é de 16,73%, segundo dados do Status Invest. O pagamento será feito na próxima sexta-feira (13).

RCRB11 anuncia dividendos e fecha nova compra em SP

O fundo imobiliário RCRB11 anunciou sua distribuição de dividendos para o mês de setembro, no valor de R$ 0,91 por cota, um dividend yield mensal de 0,68% em relação ao preço de fechamento da cota do RCRB11 no pregão da última sexta-feira (30), de R$ 132,61.

Terão direito ao recebimento os cotistas posicionados no RCRB11 ao fim do pregão da última quinta-feira (5). O valor, que será pago nesta sexta-feira (13), foi anunciado no mesmo dia em que o fundo anunciou uma nova aquisição no segmento de lajes corporativas: a compra do conjunto 132 e respectivas vagas de garagem do Edifício Continental Square, na Vila Olímpia, um dos centros financeiros de São Paulo, próximo à avenida Faria Lima.

O imóvel, com 562,85 metros quadrados de área BOMA (que considera área privativa e áreas locais do condomínio), junta-se ao portfólio do RCRB11 no edifício, com investimento iniciado em 2019 e propriedade, agora, de 24,7% do imóvel, o que corresponde a 8.258,93 metros quadrados. O valor da transação é de R$ 8 milhões, preço 8% abaixo do valor de laudo de avaliação do Continental Square, realizado em novembro de 2023, e que avaliou o ativo em R$ 15.462,54 por metro quadrado.

A Rio Bravo, administradora e gestora do fundo imobiliário RCRB11, informou que a compra segue a tese do fundo, que prevê aumentar sua exposição em São Paulo e buscar ampliar a participação em ativos onde já detém parte relevante da propriedade, para diminuir a concorrência interna e ter mais influência nos condomínios.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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