GARE11, AAZQ11 e BTHF11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (12/3)

GARE11 anunciou venda de imóvel, AAZQ11 divulgou relatório gerencial e BTHF11 anunciou dividendos para pagamento na semana que vem.

GARE11, AAZQ11 e BTHF11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (12/3)
Veja as principais notícias do mercado - Foto: Freepik

Os fundos imobiliários GARE11 e BTHF11 e o relatório gerencial do Fiagro AAZQ11 estão entre os destaques do mercado nesta quarta-feira (12), dia seguinte ao sétimo resultado positivo seguido do IFIX.

O índice de FIIs fechou na terça-feira (11) em alta de 0,30% em relação ao resultado da véspera, em 3.174,15 pontos. A última ocasião em que o IFIX havia subido por mais de seis pregões consecutivos de resultados positivos foi na série de 13 altas registrada entre 13 de dezembro de 2023 e 3 de janeiro de 2024.

Nesta terça, o IFIX voltou a registrar resultado positivo durante todo o pregão, fechando próximo de sua alta. Por enquanto, o mercado de FIIs ainda não vem sentindo os efeitos normalmente esperados pela proximidade da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne na semana que vem e deve elevar novamente a Selic, para 14,25% ao ano. 

O cenário para os FIIs, no entanto, se mostra diferente dos últimos meses, em que a mera proximidade do encontro já afetava o IFIX e os preços de mercado dos fundos. Desta vez, o mercado parece já ter precificado a tendência dos juros para os próximos meses e seu impacto sobre os fundos imobiliários,que vêm se mostrando uma boa opção de investimentos, com rentabilidade atraente e possibilidade de ganho de capital no médio e longo prazo.

Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:

AAZQ11 registra lucro de R$ 2 milhões em fevereiro, alta de 66,67%

O Fiagro AAZQ11 reportou um lucro de R$ 2 milhões em fevereiro, representando um crescimento de 66,67% em relação ao resultado de janeiro, que havia sido de R$ 1,2 milhão.

A carteira do fundo encerrou o mês 87% alocada em ativos do agronegócio, com predominância de CRAs (57,7%) e FIDCs (25,1%). A taxa ponderada de carrego dos ativos foi de 3,32%, enquanto a taxa líquida, já descontadas taxas e impostos, ficou em CDI + 1,74% ao ano.

Segundo a AZ Quest, gestora do Fiagro, a carteira do fundo permanece estável, com os ativos performando conforme o esperado e amortizações de operações seguindo o cronograma de pagamento. “O portfólio segue diversificado entre setores do agronegócio e diferentes regiões do Brasil”, diz a empresa, em relatório.

Nos últimos meses, houve um aumento da posição de caixa devido a amortizações e resgates. Para os próximos períodos, a gestora espera investir em novos ativos alinhados ao perfil do AAZQ11, com o objetivo de melhorar o retorno e a taxa de carrego da carteira.

BTHF11 anuncia dividendos de R$ 0,092 por cota; BTCI11 paga R$ 0,093

O fundo imobiliário BTHF11, hedge fund sob gestão do BTG Pactual, anunciou o pagamento de dividendos no valor de R$ 0,092 por cota, uma leve diminuição em comparação com o pagamento anterior, que foi de R$ 0,097 por cota.

Já o BTCI11, FII de recebíveis do BTG, anunciou o valor de R$ 0,093 por cota, o maior dos últimos sete meses. com leve acréscimo em relação à distribuição de fevereiro, que foi de R$ 0,092 por cota.

A RBR Asset também anunciou os dividendos referentes aos resultados de fevereiro para os cotistas do RBRP11, fundo de lajes corporativas (escritórios), no valor de R$ 0,41 por cota, o mesmo da distribuição anterior. Já o RBRL11, de imóveis logísticos, vai pagar R$ 0,75 por cota, ante R$ 0,71 em fevereiro

Outra gestora, a REC, anunciou os dividendos de três FIIs: o RECR11, de recebíveis, pagará R$ 0,9469 por cota; o RECT11, de imóveis corporativos, distribuirá R$ 0,36 por cota; e os proventos do RELG11, de galpões logísticos, serão de R$ 0,68 por cota. Em todos esses FIIs, a Data Com foi nesta terça-feira (11), e o pagamento será no dia 18.

SNCI11: fundo imobiliário mantém tendência de valorização com guidance de dividendos elevados

O fundo imobiliário SNCI11 atingiu novamente sua cotação máxima do ano nos últimos dias, impulsionado pelo guidance otimista de dividendos. Nesta segunda-feira (10),fechou em sua terceira alta consecutiva, a R$ 86,24 por cota, e manteve o viés de valorização nesta terça-feira (11), cotado a R$ 86,95 por volta das 11h.

Na visão da Suno Asset, essa valorização reflete a crescente confiança dos investidores na gestão do SNCI11, que manteve distribuições robustas e um portfólio resiliente, mesmo em um cenário desafiador para o setor de FIIs diante da tendência de elevação da Selic vivida nos últimos meses.

Nesse período, o SNCI11 se consolidou como uma das melhores alternativas do mercado de FIIs para investidores que buscam previsibilidade e renda passiva. O fundo distribuiu R$ 1,00 por cota nos últimos oito meses e seu guidance aponta para a manutenção desse patamar em todo o primeiro trimestre de 2025, o que reforçou ainda mais o interesse do mercado.

“Nosso compromisso sempre foi entregar consistência e segurança para os investidores. A valorização recente da cota reflete a solidez da estratégia do fundo e a qualidade dos ativos que compõem o portfólio”, afirma José Daronco, head de Relações com Investidores da Suno Asset.

GARE11 conclui venda milionária de imóvel em PE; veja impacto nas finanças do fundo

O fundo imobiliário GARE11 concluiu a operação de venda do imóvel logístico BRF Visa, localizado no município de Vitória de Santo Antão (PE) e locado para a Brasil Foods S.A. (BRF) em contrato atípico com vencimento em janeiro de 2048.

O valor total da transação foi de R$ 273.442.170,00, e considera um parcelamento de até 24 meses contados do pagamento da primeira parcela. A conclusão da operação acarretou a quitação da dívida atrelada ao imóvel, reduzindo o passivo do GARE11 em R$ 144.944.527,04.

Segundo a Guardian, gestora do FII, a operação resultou em um lucro bruto total de aproximadamente R$ 71,5 milhões, gerando uma taxa interna de retorno (TIR) aproximada de 28,0%, equivalentes a IPCA + 20,72% ao ano ou a 250% do CDI no período.

O BRF VISA é um centro de distribuição refrigerado com aproximadamente 30.700 metros quadrados de área bruta locável (ABL). O aluguel era responsável por 10,5% da receita imobiliária do GARE11, segundo o último relatório gerencial divulgado pela gestão.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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