Bom Dia FIIs – HCTR11, RBFF11, SNCI11 - Confira os destaques de 15/02/2022
O IFIX fechou a última terça-feira (15) em queda de -0,07%, terminando o dia em 2.750,97 pontos. No acumulado do mês de fevereiro e do ano de 2022, a variação do índice é de -0,93% e -1,91%, respectivamente.
Confira as principais notícias do mercado de FIIs:
HCTR11 tem lucro contábil e tranquiliza cotistas em relação à CVM
O Fundo de Investimento Imobiliário Hectare CE (HCTR11) com gestão da Hectare Capital, divulgou nesta terça-feira (15) o seu relatório gerencial do mês de janeiro, no qual descreveu seus resultados. Além de mostrar as operações do mês, o fundo tranquilizou os cotistas em relação às determinações da CVM em relação à distribuição dos FIIs.
Em relação aos seus resultados, o fundo divulgou dividendos de R$1,60 por cota, o que equivale a um dividend yield de 1,36%. Confira abaixo:
A gestora optou em divulgar o valor a distribuir antes do tempo para eliminar, o mais rapidamente possível, qualquer dúvida que pudesse existir quanto aos impactos no fundo da publicação feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em relação ao MXRF11. A autarquia argumenta que só pode haver distribuição de dividendos em caso de lucro contábil.
Neste aspecto, a gestora destacou que o HCTR11 terminou o mês de janeiro com lucro contábil de aproximadamente R$ 25 milhões, após a divulgação dos dividendos. Porém, a gestora espera voltar com a publicação dos dividendos no 5° dia útil conforme o usual.
Movimentação de carteira
Em janeiro, o fundo investiu um total de R$ 102,65 milhões e vendeu um total de R$ 87,09 milhões em CRIs. Deste montante, a gestora disse que R$ 53 milhões foram em aumento de posição em ativos que já estavam na carteira e R$ 49,65 milhões em novas operações.
Já em relação às vendas, o fundo mostrou que todos os CRIs foram negociados na “curva do papel”. Em outras palavras, o HCTR11 não vendeu com ágio ou deságio e por isso, não teve nenhum impacto caixa.
Na explicação da gestão, a diferença entre os valores marcados na carteira do fundo e os valores negociados na curva geraram um resultado contábil positivo de R$ 9,8 milhões com estas vendas.
Por isso, após estas movimentações, a gestora confirmou que a taxa ponderada média dos CRIs manteve-se a mesma em relação ao mês anterior (Inflação + 10,5% a.a.). Abaixo um detalhamento das operações:
Fundo imobiliário da carteira e emissão de cotas
O fundo possui cotas do FII Serra Verde (SRVD11), que teve uma expressiva valorização de cotas. Lembrando que o fundo pagou, em agosto de 2021, o valor de R$ 4,46/cota, sendo que atualmente ele está cotado acima de R$9,00.
Apesar desta valorização, o HCTR11 optou em manter o fundo em carteira uma vez que ele paga bons dividendos.
Além disso, no dia 4 de fevereiro, o fundo anunciou a 12ª Emissão de Cotas do HCTR11 no valor de R$ 300 milhões. A gestora disse que o HTCR11 iniciou o ano de 2022 estruturando o pipeline para focado em CRIs High Yield similares.
Neste aspecto, a gestora reforçou que o fundo lançará uma nova oferta apenas quando o pipeline estiver alinhado e com o caixa em volume mínimo.
O FII Hectare CE é um fundo imobiliário que tem como objetivo proporcionar aos cotistas a valorização e a rentabilidade de suas cotas no longo prazo, por meio de investimento em ativos imobiliários, auferindo rendimentos e ganhos de capital advindos destes.
RBFF11 mostra resultados e explica desconto do fundo
Em relatório gerencial apresentado aos cotistas nesta terça-feira (15), a gestão do FII Rio Bravo Fundo de Fundos (RBFF11) comunicou sobre o desempenho do fundo no mês de janeiro. Também, a gestora Rio Bravo explicou a situação do fundo, que segue com desconto e bom patamar de dividendos.
Referente a janeiro, o fundo divulgou uma distribuição de R$ 0,47 por cota, o que corresponde a um dividend yield de 10,4%, acima da média do mercado. Confira:
Neste caso, o fundo encerrou o mês negociando com um desconto de 16,6% em relação à cota patrimonial. Na visão da gestora, esse valor é considerado atrativo para os investidores que buscam renda passiva de longo prazo.
Além disso, a gestora mostrou que a receita recorrente do RBFF11 foi de 0,56/cota, impactado positivamente pela distribuição no mês de janeiro dos FIIs da carteira do fundo.
Na verdade, no mês de dezembro os FIIs distribuem dividendos acima da média dos meses anteriores devido à obrigatoriedade de distribuir no mínimo 95% do lucro caixa no semestre. Porém, a gestora afirma que o fundo quer aumentar a receita recorrente diminuir a dependência do ganho de capital. Veja na imagem abaixo:
Movimentação de carteira
Desta forma, o fundo mostrou os investimentos e vendas de ativos do mês. O RBFF11 zerou sua posição no fundo Rio Bravo High Yield (RBHY11), pois o fundo negociava com o prêmio em relação à cota patrimonial e era uma posição pequena dentro do portfólio.
Além disso, o fundo vendeu 25% da posição de VBI Crédito Imobiliário (CVBI11), vendendo com lucro e recomprando mais barato na mesma proporção. O objetivo desta operação foi reduzir o preço médio de aquisição no fundo e com o mesmo percentual de alocação. Confira abaixo os setores de investimento do RBFF11:
Valor patrimonial e desconto
A gestora explicou que o valor patrimonial do RBFF11 varia diariamente de acordo com a cotação s mercado dos FIIs que ele possui em carteira.
Em outras palavras, isso significa que o Patrimônio Líquido do fundo de 244,9 milhões no último dia útil de janeiro reflete o preço de fechamento no mercado secundário dos 34 fundos imobiliários investidos por ele nesta mesma data.
Deste modo, a gestora explicou que maior parte dos fundos de tijolo da carteira estão negociando a um desconto relevante em relação ao seu valor patrimonial.
Da mesma forma, alguns fundos de recebíveis da carteira também encerraram o mês com um leve desconto em relação ao seu valor patrimonial.
O FII Rio Bravo Fundo de Fundos é um fundo imobiliário do tipo papel (Fundo de fundos). Seu objetivo é proporcionar retorno aos seus cotistas por meio de uma carteira diversificada por meio de investimentos em FIIs e em ativos de renda fixa.
SNCI11 informa resultados e planeja novas operações
A Suno Asset, gestora do novo fundo imobiliário Suno Recebíveis Imobiliários FII (SNCI11) informou nesta última terça-feira (15), os resultados e rendimentos do mês de janeiro. Como complemento, a gestão comentou os próximos passos em relação aos investimentos do fundo.
A gestora ressaltou que o ano de 2021 terminou com uma inflação anual de 10,06%, sendo que o mês de janeiro, o IPCA foi de 0,54%. Diante disso, o portfólio do fundo possuir mais de 80% de ativos atrelados ao IPCA.
Diante desse cenário, a gestora realizou movimentações de ativos, possibilitando a geração de caixa das correções acumuladas dos papéis alocados. Além de reserva de lucro, haverá distribuição recorde referente a janeiro, de R$ 1,40 por cota. Confira abaixo:
Porém, a variação nas taxas de juros longos interferem na marcação a mercado dos ativos. A gestora disse que os CRIs da carteira são marcados por um valor de mercado específico. Mesmo assim, essa marcação fez com que a cota patrimonial do fundo totalizasse R$ 99,21.
Diante disso, a gestora disse que a marcação a mercado não é refletida em resultado contábil, ou seja, ela não afeta a distribuição e lucros acumulados. Abaixo, segue a composição dos resultados do SNCI11:
Investimentos do fundo
Em relação à carteira do SNCI11, o fundo possui 19 ativos, com diferentes perfis de risco, sendo que sua carteira não se alterou durante o mês de janeiro.
A gestora explicou que deseja terminar de investir os R$ 6,1 milhões de capital comprometido no IPO, que deve finalizar seu processo de estruturação em fevereiro, parcela do CRI Esatas.
Por isso, o SNCI11 deve realizar sua última chamada de capital no próximo mês e terminar de alocar seu capital inicialmente comprometido.
Por fim, a gestora pretende focar em estruturações primárias, além de buscar mais operações indexadas em CDI, haja vista o aumento progressivo da taxa selic.
O fundo imobiliário Suno Recebíveis Imobiliários a geração de renda por meio de recebíveis imobiliários e outros ativos de renda fixa. De acordo com o estudo de viabilidade do fundo, a rentabilidade líquida esperada é 10,50% a.a.