VGIR11, BROF11 e ALZR11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (23/1)
VGIR11 foi analisado por especialista da Suno, enquanto BROF11 e ALZR11 tiveram seus relatórios de gestão divulgados.
Os fundos imobiliários VGIR11, BROF11 e ALZR11 estão entre os destaques do mercado de FIIs nesta quinta-feira (23), dia seguinte à quinta queda consecutiva do IFIX, que fechou nesta quarta-feira (22) em 3.010,63 pontos, recuo de 0,27% em relação à véspera e novamente o pior resultado registrado no ano.
A cotação subiu na abertura, batendo na máxima de 3.028,11 pontos, mas o índice de FIIs logo passou a oscilar no patamar do dia anterior e entrou de vez no vermelho a partir das 13h. Na última hora, caiu mais um pouco e bateu na mínima de 3.008,63 pontos antes de uma leve recuperação.
Nesta semana, o IFIX já acumula recuo de 1,02%. Com 11 resultados negativos em 15 pregões realizados desde o início do ano, a queda no período já chega a 3,39%.
O mercado de FIIs deve continuar em viés de queda pelo menos até a reunião do Copom, na semana que vem, que deve aumentar a Selic em um ponto percentual, para 13,25% ao ano. De acordo com as projeções do boletim Focus, do Banco Central, a taxa básica de juros da economia brasileira deve oscilar ao longo do ano para chegar a 15% em dezembro.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
ALZR11 anuncia maior resultado em 17 meses e projeta dividendos para 2025
O fundo imobiliário ALZR11 registrou um resultado de R$ 10,004 milhões em dezembro, o que representa o maior lucro mensal dos últimos 17 meses, ou seja, desde julho de 2023.
No encerramento de dezembro, o fundo imobiliário ALZR11 contava com um saldo de R$ 235 milhões em caixa e valores mobiliários, representando 19% do patrimônio líquido total.
A partir do resultado auferido, o pagamento de rendimentos ocorrerá nesta sexta-feira (24), no valor de R$ 0,8055 por cota. Para o primeiro semestre de 2025, o FII ALZR11 projetou uma distribuição mensal de rendimentos entre R$ 0,79 e R$ 0,81 por cota.
Essa estimativa leva em consideração as receitas provenientes dos aluguéis e dos investimentos em caixa. É considerada, ainda, uma projeção de aumento anual de 4% nos contratos de locação atípicos do ALZR11, considerando a inflação anualizada de mesmo percentual.
Essa projeção de dividendos do ALZR11 não inclui os resultados vindos de eventuais vendas de ativos, que, se ocorrerem, podem impactar positivamente os resultados do fundo e a consequente distribuição aos cotistas.
RURA11 registra resultado de R$ 23,7 milhões e projeta recuperação de dividendos
O RURA11 encerrou o mês de dezembro com um resultado contábil de R$ 23,7 milhões, conforme o relatório gerencial mais recente divulgado pela Itaú Unibanco Asset, gestora do Fiagro. No mês, o fundo manteve o patamar de distribuição de R$ 0,06 por cota, o que representa um retorno anualizado de 10% com base na cotação de mercado do período.
Segundo a gestão, a expectativa é de uma retomada gradual dos proventos do RURA11 para os patamares históricos. “A ideia é buscar, até o fim do 1º semestre de 2025, atingir uma distribuição mais próxima ao carrego líquido da carteira, que hoje está em CDI + 2,5%”, conta a gestora.
Depois de pagar R$ 0,10 por cota em dividendos no começo de outubro, valor referente aos resultados de setembro, o fundo reduziu nos últimos três meses a distribuição a R$ 0,06 por cota.
O RURA11 encerrou dezembro com 95% de seu patrimônio líquido alocado em operações de crédito no setor agro, distribuídas entre 61 devedores. A gestora destacou a diversificação da carteira, que conta com garantias robustas e atua em diferentes setores, regiões geográficas e tipos de cultivo.
BROF11 paga dividendos com retorno recorde de 15,6%; e os próximos?
O fundo imobiliário BROF11 divulgou seus resultados referentes ao mês de dezembro. Nesta sexta-feira (24), o fundo pagará os dividendos referentes ao período, no valor de R$ 0,57 por cota, o equivalente a um dividend yield anualizado 15,7%.
Para os próximos meses, a BGR Asset, gestora do fundo, espera uma estabilização dos rendimentos em patamares ao redor de R$ 0,55 por cota, resultando em um dividend yield aproximado de 15,1%. No estudo realizado pela gestão e divulgado no relatório gerencial, os rendimentos mensais estarão na faixa de R$ 0,51 a R$ 0,60 por cota.
Apesar das dificuldades impostas pelo cenário de juros elevados e taxa Selic de dois dígitos, a gestão está otimista para o BROF11 no curtíssimo prazo, em razão do final do período de carência nos contratos da Caixa Econômica Federal no Edifício Passeio Corporate.
Além disso, ao longo de 2024, os reajustes nos contratos de alugueis do BROF11 apresentaram um incremento de 4,3%, ou aproximadamente R$ 0,04 por cota.
Dividendos do VGIR11 podem subir com alta da Selic, diz analista
O fundo imobiliário VGIR11 tem uma carteira de ativos com forte exposição ao CDI e pode se beneficiar durante o ciclo de alta da taxa Selic no curto e médio prazo, de acordo com Pedro Dafico, analista CNPI e especialista em fundos imobiliários da Suno Research. Ele analisou o fundo sob gestão da Valora durante quadro no YouTube chamado “Raio-FIIs”, dentro do canal do professor Marcos Baroni, head de fundos imobiliários da Suno.
Como o fundo imobiliário VGIR11 possui um portfólio majoritariamente indexado ao CDI, a expectativa é de que a alta dos juros no Brasil pode gerar um novo aumento na receita e, consequentemente, nos dividendos.
Ao final de dezembro, conforme o último relatório gerencial do FII VGIR11, 99,3% do seu patrimônio líquido estava alocado em CRIs, com um total de 58 operações distintas, e um valor total investido de R$ 1,394 bilhão.
Embora uma carteira de CRI 100% exposta ao CDI possa ser um benefício aos rendimentos do FII em caso de novas altas da Selic, o aumento dos juros também pode gerar alguns efeitos negativos ao fundo, alerta Dafico. Segundo ele, a alta dos juros é um fator que pode arrefecer a economia e consequentemente trazer riscos adicionais a uma carteira que hoje se mostra segura. “O portfólio do VGIR11 é levemente moderado, ou seja, tem uma classificação ‘middle risk’, e possui operações com boas garantias, seja elas reais ou líquidas”, explica Dafico.