AAZQ11, SARE11 e novo fundo da RBR estão entre destaques do Bom Dia FIIs (23/9)

AAZQ11, SARE11 e novo fundo da RBR estão entre destaques do Bom Dia FIIs (23/9)

AAZQ11, SARE11 e novo fundo da RBR estão entre destaques do Bom Dia FIIs (23/9)
Fachada do Platinum: novo fundo capta dinheiro para aquisição - Foto: Divulgação

O Fiagro AAZQ11 e os fundos imobiliários SARE11, SNFF11 e TOPP11, novo FII lançado pela RBR Asset,  estão entre os destaques desta segunda-feira (23), dia em que o mercado de FIIs tenta interromper a retração vivida desde o início do mês e acelerada na semana passada após a alta da Selic para 10,75% ao ano, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na última quarta-feira (18).

Na sexta-feira (20), o IFIX emendou a quinta queda consecutiva, com fechamento em 3.333,57 pontos, queda de 0,21% em relação ao resultado de quinta-feira (19) e pior resultado desde 4 de julho, quando o índice havia parado em 3.323,67 pontos.

O índice de FIIs acumulou na semana passada queda de 0,91%, e o recuo de setembro está em 1,77% na comparação com o resultado de 30 de agosto, de 3.393,55 pontos, que foi o segundo melhor fechamento de mês de 2024, atrás apenas de março. 

No acumulado do ano, o resultado do IFIX ainda é positivo, em 0,67%. Já na comparação com a máxima histórica do principal índice do mercado de FIIs, alcançada em 12 de abril, em 3.423,95 pontos, a perda é de 2,64%.

Confira outras notícias do mercado:

AAZQ11 recicla carteira e informa ações em relação a títulos da Agrogalaxy

O Fiagro AAZQ11 divulgou relatório gerencial com os resultados referentes ao mês de agosto, com dividendos de R$ 0,095, correspondentes a 138% do CDI e dividend yield de 1,18% ao mês. O fundo segue em processo de reciclagem de sua carteira, com novas posições dentro do perfil de risco/retorno esperado pela gestora.

O fundo investiu R$ 8,5 milhões num CRA de carteira pulverizada, com taxa prefixada na sênior de 16,60% e na subordinada de 20,12% ao ano, representando 3,2% do patrimônio líquido do fundo na sênior e 0,8% na subordinada. Outra alocação do fundo foi no CRA Alcoeste, por R$ 3,5 milhões a uma taxa de CDI +3,50% ao ano, representando 1,6% do patrimônio líquido do fundo. A empresa emissora é uma usina de açúcar e álcool do estado de São Paulo.

A AZ Quest, gestora do fundo, informou que vem acompanhando com atenção os devedores do AAZQ11 que são produtores de cana de açúcar em São Paulo, que sofreram com inúmeras queimadas recentes. Segundo o relatório, não houve prejuízo suficiente para afetar os rendimentos do fundo.

A gestora também acompanha os desdobramentos do caso FIDC Caetê. Os devedores da operação estão envolvidos na operação Greenwashing, da Polícia Federal. Os advogados já entraram com uma “ação de execução/pedido de arresto contra os avalistas da operação de CRA”, afirma a AZ Quest.

O AAZQ11 também se manifestou sobre o pedido de recuperação judicial da Agrogalaxy, do qual detinha uma CRA que ficou inadimplente e teve seu vencimento antecipado. A administradora do fundo ajustou o ativo para 50% do preço unitário. Porém, a exposição do AAZQ11 a esse ativo é de apenas 0,37% do patrimônio líquido e não haverá impacto na distribuição de dividendos.

RBR amplia presença no mercado de FIIs e lança novo fundo

A RBR Asset anunciou o lançamento de um novo fundo imobiliário, o TOPP11, que anunciou a realização de sua 1ª emissão de cotas com objetivo de captar R$ 675 milhões, a fim de adquirir os dois imóveis que formam o portfólio do FII HGPO11, o Metropolitan e o Platinum, ambos em São Paulo.

Em meados de julho, o HGPO11 tinha recebido o aval de seus investidores para propor a venda dos ativos pelo montante de R$ 618,288 milhões. Agora, a RBR está lançando um novo FII para viabilizar essa aquisição.

A captação de R$ 675 milhões tem como referência a emissão de 6,75 milhões de cotas do FII TOPP11, com preço unitário de R$ 100,00. Os recursos líquidos da oferta vão ser destinados para a compra de 100% da propriedade dos dois edifícios.

O pagamento será feito em duas parcelas. Uma delas será quitada na data de fechamento da transação, no valor equivalente a 55% do preço de aquisição dos imóveis destinatários. A outra parcela será paga depois de 18 meses do fechamento da transação, com valor de 45% do preço de aquisição dos ativos e correção pelo IPCA.

SNFF11 capta R$ 4 milhões em fase inicial de 3ª emissão de cotas

O fundo imobiliário SNFF11, da Suno Asset, divulgou o encerramento do prazo de exercício do direito de preferência para subscrição das novas cotas do FII, no âmbito de sua 3ª emissão.

Do total de 1,698 milhão de cotas inicialmente ofertadas pelo FII SNFF11, os investidores subscreveram e integralizaram 45.270 cotas, o que representa cerca de R$ 4,05 milhões. O objetivo da oferta é arrecadar até R$ 151,937 milhões. A alocação mínima para validação da oferta, de 10 mil cotas, já foi alcançada.

O SNFF já está na segunda fase da oferta, o exercício do direito de subscrição das sobras e a indicação do interesse na subscrição de um montante adicional, que pode acontecer entre os dias 19 e 25 de setembro.

SARE11 faz acordo judicial com WeWork e suspende despejo em SP

O fundo imobiliário SARE11, que tem administração e gestão de empresas do grupo Santander, chegou a um acordo judicial com a WeWork para suspender a ação de despejo que movia contra a gestora de espaço de coworkings, depois de três meses de inadimplência em imóveis no condomínio WT Morumbi, na zona sul de São Paulo.

De acordo com fato relevante, a WeWork quitou mais da metade dos valores pendentes, com impacto referente a aproximadamente R$ 0,10 por cota, incluindo o aluguel de agosto, com os devidos juros remuneratórios.

O saldo restante será pago nos próximos meses, seguindo cronograma estipulado entre as partes, e os valores futuros dos aluguéis foram renegociados. O SARE11 não divulgou o impacto dessa modificação nos dividendos futuros. Quando divulgou pela primeira vez a inadimplência da WeWork, o fundo declarou que o impacto do calote era de R$ 0,05 por cota.

Como o processo tramitou em segredo de justiça, o SARE11 não chegou a divulgar o pedido de despejo, ao contrário do FIIs VINO11 e do RCRB11, que fizeram anúncios nas últimas semanas. A WeWork, em nota enviada por e-mail, disse que não havia recebido qualquer notificação de despejo e que continuava em processo de renegociação com os proprietários.

Outros FIIs afetados pela inadimplência da empresa relataram acordos nas últimas semanas, como o TRNT11 e o ALMI11.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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