SNEL11, ZAGH11, XPLG11 e LVBI11 são destaques do Bom Dia FIIs (23/9)

SNEL11 alcança marca de 45 mil cotistas; ZAGH11 divulgou relatório detalhado e XPLG11 anunciou novo contrato para imóvel no interior de SP.

SNEL11, ZAGH11, XPLG11 e LVBI11 são destaques do Bom Dia FIIs (23/9)
SNEL11 atua na locação de usinas fotovoltaicas - Foto: Freepik

Os fundos imobiliários SNEL11, ZAGH11, XPLG11 e LVBI11 são os destaques desta terça-feira (23), dia em que o IFIX tenta retomar a sequência positiva, depois de um dia de queda na sequência de uma máxima histórica.

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O índice de FIIs fechou em 3.558,20 pontos, recuo de 0,24%, numa sessão em que o mercado operou negativamente durante praticamente toda a sessão. A cotação mínima do dia foi em torno das 16h, com leve recuperação no fim da tarde, mas sem se aproximar do recorde estabelecido na sexta-feira (19).

Nesta terça-feira (23), o mercado aguarda a divulgação da ata do Copom, que trará uma explicação mais detalhada sobre a manutenção da Selic em 15% ao ano, anunciada na semana passada. Para o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, o texto deve confirmar uma postura mais dura do Banco Central na tentativa de manter a inflação sob controle.

“O texto deve sinalizar a continuidade do aperto monetário por mais tempo. A Selic só deve voltar a cair em março do ano que vem, quando os dados da inflação mostrarem uma aproximação mais clara da meta”, projeta o especialista.

Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:

ZAGH11 supera IFIX e alcança 25,55% de rentabilidade total acumulada

O fundo imobiliário ZAGH11 apresentou em agosto um resultado caixa de R$ 653,5 mil, 16% superior ao mês anterior, alcançando R$ 0,0735 por cota. Esse valor permitiu a distribuição de R$ 0,06 por cota no mês e corresponde a um dividend yield mensal de 0,60% — equivalente a 7,14% ao ano — considerando a cotação de R$ 10,08 registrada em 11 de setembro.

Desde sua criação, o ZAGH11 acumula uma rentabilidade total de 25,55%, superando o desempenho do IFIX (15,68%) no mesmo período. Frente aos indicadores de referência, o fundo entregou 89,64% do CDI líquido e 187,05% do IPCA.

Em agosto, o fundo desembolsou cerca de R$ 600 mil na SPE Ética, valor destinado principalmente à amortização e aos juros do CRI vinculado ao desenvolvimento da obra, já concluída e com habite-se emitido. Segundo a Zagros Capital, gestora do FII, a escola construída no projeto encontra-se em operação.

XPLG11 fecha nova locação em Americana (SP) com contrato de 11 anos

O fundo imobiliário XPLG11 divulgou a assinatura de um novo contrato de locação para o centro de distribuição localizado em Americana, município no interior de São Paulo, na região metropolitana de Campinas. O acordo foi firmado com uma empresa do setor logístico e tem duração prevista de 132 meses (11 anos), iniciando-se após a conclusão de obras de adequação e melhorias.

Segundo informações da XP Asset, gestora do fundo, essas obras estão previstas para serem concluídas até 30 de novembro. Com área bruta locável (ABL) de 30.345 m², o imóvel pertence integralmente ao portfólio do fundo.

Com a ocupação total do imóvel, a vacância física do XPLG11 deverá diminuir de 7,6% para aproximadamente 4,6%, reforçando o potencial de geração de receita do ativo. Ao longo dos primeiros 36 meses de contrato, a receita acumulada mensal deve ficar em R$ 0,3426 por cota. A partir do 37º mês, a receita mensal estimada é de R$ 0,0156 por cota. 

LVBI11 tem redução na vacância e receita supera os R$ 14 milhões

O fundo imobiliário LVBI11 encerrou agosto com uma receita total de R$ 14,312 milhões, o que corresponde a R$ 0,89 por cota. Esse resultado foi atingido sem a influência de efeitos extraordinários e representa um leve aumento em relação ao mês anterior, cuja receita havia sido de R$ 12,039 milhões.

O resultado de rendimento foi de R$ 0,75 por cota, valor que foi pago aos investidores em 5 de setembro. A receita operacional do LVBI11 demonstra uma estabilidade, enquanto o foco de seus investimentos permanece predominantemente em imóveis.

Essa estratégia reflete-se na composição da carteira, na qual 96% do patrimônio líquido está concentrado em propriedades. Além disso, 2% do patrimônio está investido em Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e outros 2% permanecem em caixa. Segundo o Patria Real Estate, gestor do fundo, a dívida é limitada e está vinculada ao ativo Aratu, com saldo de R$ 12 milhões, equivalente a 0,6% do patrimônio líquido.

SNEL11 alcança marca de 45 mil cotistas e se consolida como referência em mercado promissor

O fundo imobiliário SNEL11 alcançou a marca de 45 mil cotistas, recorde desde sua criação pela Suno Asset para investimento em energia renovável. O número é visto pela gestora como um sinal de que cada vez mais os investidores confiam na tese de que é possível lucrar agora num segmento que por muito tempo foi visto como “a energia do futuro”.

O SNEL11 detém a posse de 17 usinas fotovoltaicas, entre ativos construídos pelo próprio fundo e empreendimentos adquiridos quando já estavam em funcionamento. Em julho, esse portfólio gerou uma produção recorde de 4.984 MWh e uma receita imobiliária de R$ 1,681 milhão.

O valor foi suficiente para que os dividendos do SNEL11 seguissem no patamar de R$ 0,10 por cota, pelo 15º mês consecutivo, com um dividend yield anualizado acima de 14%, isento de tributação. A busca por esses rendimentos para pagamento na próxima quinta-feira (25) levou o fundo a uma liquidez diária recorde acima de R$ 4,7 milhões no último dia 15, em que foi fechada a lista de beneficiários (Data Com).

É nesse sentido que, na visão da Suno Asset, o SNEL11 se apresenta como um produto de investimento com rentabilidade concreta num cenário em que investir em energia renovável deixou de ser somente uma tentativa de fazer bonito em relatórios de ESG. A gestão destaca que o fundo ainda tem potencial de ampliar sua receita imobiliária, já que nem todas as usinas estão conectadas à rede elétrica e algumas ainda buscam firmar seus primeiros contratos de locação.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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