XPML11, MANA11 e OIAG11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (25/9)

XPML11 concluiu venda de shopping que deve ser útil para sua estrutura de capital; MANA11 e OIAG11 divulgam detalhados dados de agosto.

XPML11, MANA11 e OIAG11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (25/9)
XPML11 vendeu sua parte no Shopping Cerrado - Foto: Divulgação

Os fundos imobiliários XPML11, MANA11 e RCRB11 e o Fiagro OIAG11 estão entre os destaques desta quarta-feira (25), mais um dia em que o mercado de FIIs tenta sobreviver ao ciclo de queda do mês de setembro que levou o IFIX ao vermelho no acumulado do ano, sob o impacto da alta da Selic para 10,75% ao ano, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada.

O IFIX fechou em 3.303,53 pontos nesta terça-feira (24), queda de 0,25% em relação ao resultado de segunda-feira (23) e pior índice desde 3 de julho, quando registrou 3.302,82 pontos. No ano, o resultado acumulado é negativo em 0,24% em relação ao último dia útil de 2023, quando o índice parou em 3.311,43 pontos. Em setembro, a queda acumulada já é de 2,65%.

Durante o pregão, o índice de FIIs oscilou negativamente desde a segunda hora do pregão e acentuou o ritmo de queda durante a tarde, batendo no piso de 3.300,46 pontos pouco antes das 16h30. 

O mercado de FIIs vive seu pior momento desde o começo de julho, mas especialistas esperam uma recuperação pontual para os próximos dias com a aproximação do fim do mês e, com ele, a Data Com de alguns dos principais fundos em negociação na B3, como o MXRF11, que tem mais de 1,1 milhão de cotistas.

Na segunda-feira (30), mais de 160 FIIs anunciarão o valor dos dividendos para o pagamento em outubro e fecharão a lista de beneficiários desses proventos, movimentação que costuma aquecer o mercado e impactar positivamente o IFIX, ao menos por alguns dias.

Confira outras notícias do mercado:

RCRB11 suspende ação de despejo e costura acordo copm a WeWork

O fundo imobiliário RCRB11 pediu a suspensão dos processos judiciais que move para o despejo da WeWork, empresa de gestão de espaços de coworking, referentes à inadimplência de três meses no empreendimento Girassol 555, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo.

Na semana passada, o fundo havia anunciado a obtenção de uma liminar, em 9 de setembro, que dava 15 dias para a WeWork, a partir do recebimento da notificação judicial, quitar os valores atrasados ou então desocupar o imóvel. 

A ação de despejo se deu após a WeWork não pagar os valores vencidos em 15 de junho, 15 de julho e 15 de agosto de 2024. Na ocasião, a empresa disse desconhecer qualquer intimação de despejo e disse que continuaria tentando renegociar as condições dos aluguéis para um patamar mais favorável e condizente com as atuais condições do mercado.

O RCRB11, sob gestão e administração da Rio Bravo, informou que a suspensão do processo será válida por sete dias, “a fim de que os termos comerciais da transação em negociação entre as partes possam ser definitivamente acordados”. Em agosto, o fundo havia recusado uma proposta de renegociação feita pela locatária.

RFOF11 gira carteira para aumentar ganhos e foca em FIIs de papel

O fundo imobiliário RFOF11 divulgou o relatório gerencial de agosto, com resultado líquido de R$ 823.182, o suficiente para manter o patamar de distribuição em R$ 0,71 por cota, o equivalente a um dividend yield anualizado de 12,3% na comparação com o fechamento da cota no fim de agosto, a R$ 71,18.

Durante o mês, a RB Capital, gestora do RFOF11, que atua na negociação de cotas de outros FIIs, optou por ampliar a exposição a FIIs de papel, diante do atual cenário macroeconômico, uma vez que a alta da Selic deve melhorar a exposição receita dos fundos com maior exposição ao CDI.

O RFOF11 também ampliou sua posição em outros FOFs (fundos de fundos) que contam com carteira mais rica em FIIs indexados pelo CDI. “CRIs de curto prazo podem oferecer rentabilidade mais alta e tendem a apresentar maior liquidez, pois ajustam suas taxas de retorno de forma a refletir as novas condições do mercado, proporcionando flexibilidade para ajustes rápidos na carteira”, concluiu a gestão.

OIAG11 amplia proventos e alcança dividend yield de 15,2%

O Fiagro OIAG11 divulgou seu relatório gerencial de agosto, com resultado líquido de R$ 974.468, o equivalente a R$ 0,108 por cota, o que permitiu ao fundo ampliar a distribuição de proventos para R$ 0,10 por cota, ante R$ 0,095 pagos no mês anterior.

Isso resultou num dividend yield de 15,2% nos últimos 12 meses, em comparação com um CDI de 10,67% acumulado no mesmo período. O OIAG11 ainda acumulou reservas de R$ 0,046 por cota.

Até o momento, o Fiagro sob gestão da Fator conta com R$ 12,5 milhões de recursos em caixa, valor que poderá ser usado para novos investimentos para o fundo. Além disso, a gestora ressalta que o portfólio de CRAs e CRIs não apresenta qualquer inadimplência ou problema com as empresas devedoras.

Com pouca movimentação da carteira em agosto, o OIAG11 adquiriu cerca de R$ 3 milhões do CRI Cibrafértil, a uma taxa de aquisição de CDI + 5%.

MANA11 “explode” em número de cotistas e liquidez ao ser anunciado no IFIX

O fundo imobiliário MANA11 divulgou os resultados do mês de agosto, com liquidez diária superior a R$ 1 milhão e base de investidores chegando a 14 mil cotistas, um aumento de 62% em relação a julho. Os números coincidem com a inclusão do FII nas carteiras prévias do IFIX, ao longo do mês de agosto. 

A confirmação do MANA11 como parte do principal índice do mercado de fundos imobiliários foi feita em 2 de setembro, com o primeiro pregão do mês. Como alguns investidores profissionais só adquirem fundos que fazem parte do IFIX em suas carteiras, a tendência é que os resultados cresçam ainda mais durante este mês.

O fundo registrou resultado líquido de R$ 3,597 milhões em agosto, o suficiente para manter o patamar de distribuição de R$ 0,10 por cota no primeiro mês após a conclusão da 5ª emissão de cotas, que praticamente dobrou o número de papéis do fundo.

O valor representa um dividend yield anualizado de 13,7%, perfazendo um retorno de 146% do CDI. A Manatí, gestora do fundo, pretende manter o guidance de rendimentos para os próximos meses, pagando de R$ 0,10 a R$ 0,12 por cota.

XPML11 conclui venda milionária de shopping em Goiânia 

O fundo imobiliário XPML11 concluiu a venda de 85% do capital social da empresa Cerrado Empreendimentos Imobiliários, que é proprietária indireta da totalidade do Shopping Cerrado, em Goiânia (GO). A venda foi firmada pelo valor de R$ 300 milhões. Esse valor está em conformidade com o preço que o FII pagou pela participação no empreendimento.

Em comunicado, a XP Vista Asset, gestora do XPML11 destacou que o Shopping Cerrado vinha sendo um dos ativos menos relevantes no seu resultado total, com uma representação inferior a 1% do NOI Caixa. Por outro lado, o  shopping representava cerca de 7% da área bruta locável (ABL) pertencente ao fundo.

O shopping conta com indicadores operacionais que estão abaixo da média do XPML11. Por essa razão, a venda do ativo deve ter impacto positivo nos resultados do FII a partir dos próximos meses.

“A transação reforça a estratégia de gestão ativa e busca da melhor estrutura de capital para o fundo”, diz a gestão do XPML11, que tem uma série de aquisições em andamento, com conclusão prevista para os próximos meses.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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