BRCO11 tem lucro caixa 23,5% menor em dezembro
Em relatório gerencial referente a dezembro, o BRCO11 informou que teve um lucro caixa de R$ 8,896 milhões no período. Isso representa uma queda de 23,5% em comparação ao mês anterior, quando o fundo tinha registrado um lucro de R$ 10,987 milhões.
Em dezembro, as receitas do BRCO11 totalizaram 11,047 milhões. As despesas do fundo, por sua vez, chegaram a R$ 2,151 milhões no mesmo período.
No acumulado de 2022, as receitas do BRCO11 somaram 147,553 milhões, enquanto as despesas totalizaram R$ 22,627 milhões. Desse modo, o lucro caixa do FII chegou a R$ 124,926 milhões no ano passado.
O rendimento anunciado pelo fundo relativo a dezembro foi de R$ 9,606 milhões. O lucro caixa distribuído foi de 108,0% no período.
Já o rendimento anunciado no ano de 2022 foi de 118,821 milhões. Com isso, o lucro caixa distribuído no período foi de 95,1%.
BRCO11 apresenta rendimento abaixo da média anual
Os rendimentos do BRCO11 referentes ao período de dezembro foram de R$ 0,65 por cota.
Nos quatro meses imediatamente anteriores, o fundo imobiliário tinha pago R$ 0,70 por cota.
No acumulado de 2022, o BRCO11 distribuiu, em média, R$ 0,67 por cota aos cotistas.
Estes foram os dividendos oferecidos pelo fundo ao longo do último ano:
| Período de referência | Dividendo por cota |
| Dezembro | R$ 0,65 |
| Novembro | R$ 0,70 |
| Outubro | R$ 0,70 |
| Setembro | R$ 0,70 |
| Agosto | R$ 0,70 |
| Julho | R$ 0,65 |
| Junho | R$ 0,77 |
| Maio | R$ 0,65 |
| Abril | R$ 0,63 |
| Março | R$ 0,63 |
| Fevereiro | R$ 0,63 |
| Janeiro | R$ 0,63 |
Impasse do fundo com o grupo GPA (GPAR3)
Em dezembro, o BRCO11 tinha comunicado que, segundo fato relevante divulgado em novembro, o grupo GPA (GPAR3) notificou o FII e entregou as chaves do imóvel em 9 de novembro, antes do término do prazo contratual válido até 12 de maio de 2027.
Segundo a gestora do fundo, “nos termos do contrato de locação, a decisão de rescindir o contrato de forma antecipada, imotivada e voluntária, sujeita o GPA a obrigação de, no prazo de 30 dias, ou seja, até 4.12.2022, efetuar o pagamento correspondente:
- ao aviso prévio de 12 meses para a desocupação do imóvel, dos quais apenas cumpriu 2 dias, já que notificou o Fundo para entrega das chaves do imóvel com 2 dias de antecedência da data de desocupação, e
- a indenização pela rescisão antecipada equivalente a 6 vezes o valor do aluguel então vigente, proporcional ao prazo remanescente da locação”.
A gestora alega que, “de boa-fé, buscou, ao longo dos últimos dias, a composição com o GPA, porém, sem que as negociações tivessem sido encerradas, foi surpreendida com a ação de consignação em pagamento com tutela de urgência proposta pelo GPA”.
“Embora o contrato de locação preveja, expressamente, o aviso prévio e a indenização em caso de rescisão antecipada, o Juiz do processo concedeu, em 06.12.2022, a liminar em favor do GPA e suspendeu a exigibilidade dos valores discutidos pela rescisão do contrato de locação, condicionando a eficácia da decisão ao depósito caução no valor de R$ 23.900.310,51”, comenta a gestora do FII.
A gestora destaca que “a decisão liminar não é definitiva, não decide o mérito da discussão e poderá ser revertida, não produzindo efeitos até que o GPA realize o depósito integral do valor da carta de fiança”.
Fundo tem potencial para expansão da ABL em 6%
A gestora do BRCO11 informa que o fundo conta com 11 propriedades com 446 mil m² de área bruta locável (ABL) e potencial para expansão da ABL em 6%.
Segundo a gestora, “o portfólio do fundo encontra-se com uma receita anual estabilizada de mais de R$ 126 milhões, sendo 25% provenientes de propriedades localizadas na cidade de São Paulo e com 12% de vacância física nos empreendimentos”.
Os contratos de locação contam com prazo médio remanescente de 5,3 anos e 35% são atípicos. Cerca de 92% dos inquilinos do BRCO11 são classificados como grau de investimento (escala global), AAA (br) ou AA (br) pelas agências de rating. As especificações técnicas de 10 das 11 propriedades são de classificação A+.
