BTLG11 paga dividendos de 9,4% e projeta crescimento com nova aquisição


O fundo imobiliário BTLG11 divulgou seu resultado referente ao mês de maio de 2025, com lucro líquido de R$ 36,685 milhões. Este valor representa uma ligeira retração em comparação ao registrado em abril, quando o fundo obteve R$ 37,604 milhões de lucro. Apesar da redução, o desempenho demonstra estabilidade na geração de resultados do fundo.

No que diz respeito à distribuição de rendimentos, os cotistas receberam R$ 0,78 por cota, o que equivale a um dividend yield anualizado de aproximadamente 9,4% considerando o valor de fechamento das cotas em abril.
Um fator positivo na performance do fundo foi o reconhecimento de um lucro de R$ 6 milhões, equivalente a R$ 0,15 por cota. Essa receita provém da venda dos imóveis BTLG Feira de Santana e BTLG Guarulhos, operação concluída em abril e anunciada em 2024. Como resultado, a reserva gerencial do fundo passou a ser de R$ 0,67 por cota, reforçando sua liquidez e margem de manobra financeira.
Ao final de maio, o fundo imobiliário BTLG11 possuía uma carteira de 34 propriedades, incluindo três em processo de venda, representando uma área total de 1,3 milhão de metros quadrados. A maior concentração de ativos, cerca de 90%, localizada no estado de São Paulo, contribui para uma baixa taxa de vacância financeira de apenas 1,9%. A vacância estrutural permanece considerada saudável, e as negociações para a locação dos imóveis BTLG Suape e BTLG Ribeirão Preto continuam em andamento.
A equipe gestora mantém uma política ativa de revisão dos contratos de locação, especialmente aqueles com valores defasados em relação às condições atuais de mercado. Essa estratégia visa melhorar a rentabilidade e ajustar a carteira às condições econômicas vigentes.
BTLG11 propõe compra de ativos do SARE11
Maio também foi marcado por uma movimentação estratégica, na qual o BTLG11 apresentou uma proposta para adquirir todos os ativos do SARE11, fundo imobiliário gerido pelo banco Santander. A intenção é consolidar e ampliar a carteira de imóveis, buscando benefícios para os cotistas de ambos os fundos.
Segundo a gestão, a operação traria vantagens como a aquisição do ativo logístico por um valor cerca de 10% superior à marcação a mercado, além de diversificação de portfólio, aumento de liquidez e potencial de incremento nos dividendos.
Para o BTLG11, a compra possibilitaria adquirir um ativo logístico com desconto, fortalecendo sua liquidez e capacidade de gerar ganhos no curto prazo, por meio da venda dos imóveis corporativos e da emissão de novas cotas ao valor patrimonial, sem custos adicionais. A proposta, entretanto, ainda depende da aprovação dos cotistas do SARE11 em assembleia prevista para junho.