Carteiras Recomendadas FIIs: poucas mudanças no mês
Para o mês de março, as principais carteiras recomendadas de FIIs fizeram poucas alterações em seus portfólios. Diante do cenário inflacionário e com a taxa básica de juros em dois dígitos – atualmente em 10,75% – as carteiras recomendadas têm confiado nos fundos de recebíveis como estratégia defensiva de investimentos.
A Carteira FII Renda do Banco do Brasil fechou o mês com queda de 1,79%. Na explicação dos analistas responsáveis pelas recomendações – Richardi Ferreira e Victor Penna – o XPSF11 jogou para baixo a média da carteira, uma vez que apresentou retorno negativo de quase 8% no mês.
Por outro lado, a Carteira FII Ganho de Capital do Banco do Brasil apresentou queda menor, com baixa de 1,54%. A explicação do banco foi o desempenho ruim dos fundos RBRL11 e XPLG11, com retornos negativos de 7,6% e 6,0%, respectivamente.
Diante disso, a carteira recomendada do Banco do Brasil teve um desempenho positivo que mereceu destaque, o BRCO11, que subiu 2,7% no mês.
Para o mês de março, a gestora disse que Carteira Renda continuará com os mesmos papéis, com maior fundos de CRI (50%). Já na Carteira Ganho de Capital do Banco do Brasil teve uma alteração, com a recomendação de compra para Pátria Logística (PATL11). Confira abaixo as carteiras do Banco do Brasil:
Carteira Recomendada FIIs do BTG Pactual
Assim como o Banco do Brasil, o BTG Pactual acredita que o cenário atual é bastante desafiador. Porém, o banco acredita “as quedas ocorridas ao longo do ano abriram diversas oportunidades para o investidor que busca tanto o ganho de capital quanto a renda”.
Na visão dos analistas responsáveis pela carteira – Daniel Marinelli e Danilo Barbosa – “é possível encontrar diversos ativos que oferecem relação risco vs. retorno bastante favorável, apoiada em fundamentos sólidos”.
Por esse e outros motivos, a carteira recomendada FIIs do BTG Pactual segue com 51% em fundos de CRI, haja vista seu caráter defensivo e com maior dividend yield. Confira abaixo:
Porém, os analistas acreditam que a volatilidade dos mercados diante de um cenário externo e interno com muitas incertezas, a carteira recomendada da FIIs precisa de ativos com maior liquidez. Essa estratégia visa “mitigar os riscos de oscilação do valor das
cotas no mercado secundário”, afirmaram os analistas do BTG Pactual.
Por esse motivo, a carteira do BTG Pactual reduziu sua exposição em
BTCR11, cuja liquidez média dos últimos três meses foi R$ 700 mil/dia, para aumentar a posição em CPTS11, que possui média de negociação de R$ 7 milhões/dia.
Desta forma, a carteira recomedada FIIs do BTG Pactual apresentou apenas a mudança indicada, sem acréscimo de novos ativos.