BRCR11 conclui venda de ativos por R$ 755 milhões; qual o lucro da operação?
O fundo imobiliário BRCR11 concluiu uma venda de ativos de R$ 755 milhões. Confira qual é o lucro estimado da operação.
O fundo imobiliário BRCR11 informou uma nova venda de CRIs, antecipando o recebimento do valor da parcela a prazo, referente a venda de toda sua participação em 5 ativos, pelo valor total de R$ 755 milhões. A projeção de lucro da venda dos imóveis é de R$ 32,263 milhões.
Conforme comunicado nesta segunda-feira (18), o FII BRCR11 recebeu totalmente os recursos dessa transação, que envolve a venda de 5 ativos situados em São Paulo – SP sendo eles:
- Ed. Brazilian Financial Center;
- Ed. Burity;
- Ed. Cidade Jardim;
- Ed. Transatlântico;
- Ed. Volkswagen.
Na sexta-feira (15), o fundo imobiliário BRCR11 já havia informado a celebração da escritura de venda e compra dessa operação.
Conforme previsto no acordo, a venda contou com uma parcela à vista de R$ 528,5 milhões e uma parcela a prazo de R$ 226,5 milhões.
Detalhes da venda do BRCR11
Inicialmente, a parcela a prazo seria recebida por meio de duas séries em um CRI, com valor igual entre elas, passando por correção mensal pelo CDI. Os vencimentos das séries seriam após 12 meses e 24 meses.
A estruturação dessa parcela a prazo permitiu ao fundo BRCR11 ter a opção de antecipar o recebimento do valor, com a venda das séries do CRI, conforme de fato ocorreu.
Segundo o próprio BRCR11, uma das motivações dessa venda é o “desinvestimento parcial em ativos maduros (61% da ABL em Classe B) que obtiveram leasing spread positivos nos últimos anos”.
Nesse sentido, o valor da venda está acima da marcação de valor justo do imóvel. O último laudo de avaliação anual, de setembro do ano passado, mostrou que o patrimônio líquido do FII estava na casa dos R$ 2,7 bilhões, ou R$ 99,57 por cota.
O objetivo do FII é usar o dinheiro obtido na venda para diminuir suas obrigações financeiras.
Quando a venda foi anunciada, em novembro de 2023, o BRCR11 tinha reportado um total de R$ 920 milhões em obrigações financeiras associadas à compra de ativos, com um LTV bruto de 25% e um LTV líquido de 21%. Desse montante, 67% tinham prazo de vencimento estimado para 2024.