TRBL11 anuncia que não recebeu aluguel do Correios; e agora?
O fundo imobiliário TRBL11 anunciou que não recebeu aluguel do Correios. Mas e agora, quais são os próximos passos?
O fundo imobiliário TRBL11 comunicou que não recebeu o pagamento do aluguel referente ao mês de dezembro de 2024, do Correios, que é o único inquilino do Centro Logístico Contagem, localizado em Contagem/MG.
O vencimento da parcela estava marcado para o dia 7 de janeiro, mas o valor não foi quitado até o momento ao FII TRBL11.
Segundo informações da gestão do fundo, o imóvel passou por um processo de desinterdição em 5 de dezembro de 2024, após a realização das intervenções necessárias para atender às exigências da Defesa Civil. A partir dessa data, o aluguel de dezembro passou a ser devido pelo inquilino, na visão do TRBL11, uma vez que as condições para o funcionamento do Centro Logístico foram restabelecidas.
Imediatamente após a desinterdição, a gestão notificou o Correios sobre a situação e alertou sobre a retomada das cobranças do aluguel, de acordo com as cláusulas do contrato de locação.
Mesmo com a posse do imóvel e os equipamentos e mercadorias do locatário ainda instalados no local, a operação não foi restabelecida pelo Correios até esta segunda-feira (13).
A gestão do fundo imobiliário TRBL11 afirmou que está tomando todas as medidas legais necessárias para garantir que o valor em atraso seja pago o mais rápido possível, cumprindo as obrigações contratuais. Além disso, foi informado que os cotistas serão atualizados sobre os próximos passos relacionados a essa situação.
Últimas atualizações sobre o caso TRBL11 x Correios
O fundo TRBL11, que possui um patrimônio líquido de R$ 767,6 milhões, enfrentou uma volatilidade relevante em seu valor de mercado nos últimos meses, especialmente após a interdição de seu principal ativo.
O galpão logístico situado em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), e locado pelos Correios, se encontra sem atividade desde o final de outubro de 2024.
A situação teve início no dia 15 de outubro, quando o fundo divulgou que a Defesa Civil havia realizado, a pedido dos Correios, a primeira vistoria no galpão.
Desde então, o valor de mercado da cota do fundo acumula uma queda de 30,22%, cotada a R$ 61,95 nesta terça-feira (14).
A paralisação das atividades no galpão começou em 13 de outubro, quando o Correios efetuou o pagamento proporcional do aluguel correspondente ao período de outubro até aquela data.
A estatal informou na época que não faria novos pagamentos enquanto o imóvel permanecesse interditado. Além disso, o Correios iniciou um processo administrativo interno que poderia levar à rescisão do contrato de locação com o TRBL11 por justa causa, caso as condições não fossem resolvidas.