Fundos imobiliários: quando aumentar a posição em FIIs de tijolo?

Fundos imobiliários: quando aumentar a posição em FIIs de tijolo?

Como muitos fundos imobiliários do tipo tijolo, que investem em galpões, lajes corporativas e etc estão com cotas descontadas, muitos investidores querem saber se este é o momento de aumentar a posição nesses fundos. Quem vai tirar essa dúvida dos cotistas é o Marcos Correa, especialista em FIIs da Suno Research.

Antes, é necessário contextualizar. No últimos meses com o aumento da inflação e a escalada da taxa selic, os fundos de papel – que investem em dívidas do setor imobiliário -, aumentaram muito seus rendimentos. Naturalmente, muitos investidores optaram em aumentar suas posições nesses fundos. 

Com uma possível mudança no cenário econômico com taxa selic em baixa e inflação menor, possivelmente os fundos de papel pagarão menos. Por isso a dúvida se este é o momento de começar a aumentar a “mão” em tijolo.

Fundos imobiliários de tijolo: qual o time certo para aumentar posição?

Acertar o “time” da mudança de ênfase em papel para tijolo não é fácil. Correa comenta que a maioria das pessoas erra o “momento certo”. Na visão do especialista em FIIs, não é preciso tentar acertar o “tempo certo”. “O melhor é entender o cenário se ele como um todo já está dando indícios de fazer uma transição ou dar o foco maior no outro setor, tijolo, faz mais sentido”, diz Correa. 

Nese caso, o especialista em FIIs comenta que até pouco tempo, o cenário macroeconômico estava bastante favorável para quem tinha fundos de papel em carteira, uma vez que esses fundos imobiliários pagam mais quando a inflação está crescente. 

Porém, a inflação não vai subir para sempre. “A partir do momento que a gente enxerga que a inflação começou a ceder ou não subir tanto, a gente já começa a acender o alerta”, desta Marcos Correa. Nesse contexto, os FIIs de papel devem pagar menos. 

Se ao mesmo tempo que os fundos de tijolos estão descontados, com qualidade, pagando bem, mas as cotas estão com valor baixo, então a situação muda. Neste ponto, o investidor precisa refletir: “se o FIIs de recebíveis começarem a distribuir menos e os fundos de tijolo estão com maior atratividade no preço, vale a pena aumentar a posição neles”, afirma o especialista da Suno. 

Por isso, talvez faça bastante sentido começar a comprar mais tijolo antes da mudança de cenário econômico. Correa enfatiza que, quando os rendimentos dos fundos de papel começarem a cair, os FIIs de tijolo ficarão mais valorizados, com mais pessoas migrando dos fundos de recebíveis para os FIIs de tijolos.

Ir migrando gradualmente é a melhor alternativa

Porém, o grande problema é esperar tudo isso acontecer para depois começar a focar em tijolos. Correa aponta que quem esperar demais pode pegar fundos mais caros, perdendo totalmente o tempo da operações. “O melhor é ir acompanhando para se adiantar um pouco esse movimento”, ressalta.

O ideal, segundo Correa, não é fazer isso aos poucos: “você não precisa parar de comprar fundos de papel. Vai mudando a mão um pouco, aportando mais em fundos de tijolo, analisando todos os meses para tomar a melhor decisão”. 

Concluindo, Correa destaca que não é prudente tentar acertar o tempo certo dessa virada, porque a chance de erro é maior. O melhor é fazer uma transição em um momento propenso sem focar no “tempo perfeito”. Assista abaixo o vídeo:

Quer construir uma carteira de Fiis alinhada com os seus objetivos? Clique aqui e fale agora mesmo com um especialista.
foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

últimas notícias