HGRE11: fique atento aos 5 principais riscos desse fundo imobiliário

HGRE11: fique atento aos 5 principais riscos desse fundo imobiliário

O HGRE11 é um fundo imobiliário do segmento de lajes corporativas. Ele teve seu início em 6 de maio de 2011 e até então, possui 11,82 milhões de cotas emitidas, assim como um total de 130 mil investidores, segundo dados atualizados até o final de maio.

Apesar de sua grande relevância no mercado de fundos imobiliários, o investimento no FII HGRE11 também apresenta seus riscos. Para que o investidor compreenda isso melhor, o especialista de fundos imobiliários da Suno Research, Marcos Correa, fez um video a respeito desse assunto.

Quais são os riscos do fundo HGRE11?

Importante destacar que quando se aponta quais são os riscos do fundo imobiliário HGRE11, não está se afirmando que ele é um FII arriscado.

O objetivo nesse caso, é apontar quais são os fatores que poderiam eventualmente gerar problemas ao fundo, considerando suas informações atuais. Veja quais são 5 principais riscos do fundo:

1)   Risco de vacância

Um dos riscos do HGRE11 está associado a sua categoria. É importante lembrar que o fundo CSHG Real Estate é do tipo tijolo, pertencente ao segmento de lajes de escritórios. Sendo assim, o principal risco de um FII desse setor é a vacância.

O especialista Marcos Corrêa explica que a pandemia, além de gerar um aumento na vacância de diversos fundos imobiliários de tijolo, acabou trazendo uma mudança cultural, em que as empresas passaram a valorizar ainda mais o home office, por exemplo, permitindo que se buscasse por espaços menores.

Por conta disso, o risco de vacância é um dos principais riscos associados não só ao fundo HGRE11, mas também de outros que pertencem ao segmento de lajes de escritórios, sobretudo após essas mudanças no setor corporativo.

A vacância de um fundo imobiliário pode fazer com que ele perca parcialmente ou totalmente sua renda. Além disso, o FII continuará tendo seus gastos, o que pode acarretar em muitos casos um prejuízo no seu balanço mensal.

Atualmente, a vacância do HGRE11 é de 24%, o que a princípio, é um número elevado. No entanto, uma das razões desse percentual é um imóvel comprado pelo FII que se encontra vazio, o Torre Martiniano, já que o objetivo é fazer melhorias para que possa ter aluguéis mais atrativos no futuro.

2)   Vencimento dos contratos do HGRE11

Outro risco do fundo imobiliário HGRE11 que também se enquadra para outros FIIs do mesmo segmento é a data de vencimento dos contratos do fundo. Ao ter um contrato com prazo mais próximo de seu vencimento, existe a possibilidade de o inquilino não renová-lo, o que pode aumentaria ainda mais sua vacância.

O risco ainda é baixo para o FII CSHG Real Estate, uma vez que 80% de seus contratos tem vencimento no ano de 2026 ou em algum período a frente deste, mas devido a sua vacância mais elevada, vale a penas ficar de olho nesse fator quando for analisar esse FII.

3)   Portfólio do HGRE11

Outro fator a se levar em conta durante a análise do HGRE11 é o seu portfólio. O analista Marcos Correa aponta que, embora o fundo esteja em um processo de mudança no perfil de compra de novos imóveis, buscando ativos maiores e que tenham maior qualidade, ele ainda apresenta algumas lajes de qualidade inferior, assim alguns com localizações mais alternativas.

Nesse caso, é possível encontrar imóveis do HGRE11 com qualidade BB e até mesmo C. Isso pode, sob alguma perspectiva, trazer a possibilidade de vacância ou até mesmo inquilinos de menor qualidade.

4)   Ação de despejo em andamento do HGRE11

O fundo imobiliário CSHG Real Estate disse em seu último relatório gerencial que há uma ordem de despejo em andamento sobre um de seus imóveis. Se trata de um imóvel de qualidade do tipo C.

Esse é um ponto de atenção que os investidores precisam ter ao analisar o investimento no fundo HGRE11, embora esse ativo não represente uma parcela tão relevante de seu portfólio nesse momento.

5)   Concentração de portfólio em poucos imóveis

Um dos riscos ao se investir em fundos imobiliários é quando se este tem uma alta concentração de seu portfólio em determinados ativos. Se algo der errado e o fundo ficar sem a receita e a renda desses imóveis, isso poderia, nesse caso, comprometer os ganhos mensais e consequentemente os dividendos do HGRE11, por exemplo.

O fundo possui quase 50% de sua carteira concentrada em dois imóveis, o que acaba trazendo um risco maior ao FII. É importante observar os desdobramentos e as novas aquisições e vendas do fundo imobiliário HGRE11, assim como observar possíveis novos contratos de locação.

Em suma, este artigo pretende despertar para uma análise para os principais riscos do HGRE11, embora não se saiba se isso pode comprometer de fato virar um problema no futuro ou não. Vale ficar atento às novas informações que foram divulgadas pelo FII, afim de tomar melhores decisões do que fazer com seus investimentos.

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado de ações, criptomoedas, fundos imobiliários e economia popular. Graduando em Engenharia Química pela Unesp, também já trabalhei como consultor financeiro.

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