HGRE11 vende ativos e tem resultado de R$ 8,86 milhões em março
O HGRE11, fundo imobiliário administrado pela Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG), apresentou ao mercado nesta semana o seu relatório gerencial referente a março, mês agitado pelo aumento da vacância e venda de ativos.
O total de receitas do fundo cresceu 15,7%, para R$ 11,66 milhões. As despesas tiveram um avanço em menor magnitude, de 11,2%, para R$ 3,10 milhões, gerando um resultado positivo de R$ 6,96 milhões para o HGRE11.
O rendimento anunciado foi de R$ 9,12 milhões, o mesmo do mês anterior. Dessa forma, o provento referente a março foi de R$ 0,78, em linha com os meses anteriores. Ainda há um saldo de resultado acumulado de R$ 0,99 por cota do fundo imobiliário.
Ao longo do mês de março, houve um aumento na vacância física de 21,8% para 30,7%, em razão da desocupação do Edifício Alegria por uma empresa de call center. Com a pouca atratividade prevista para o ativo, a gestão do fundo está em estágio avançado com um parceiro comercial para destinar o imóvel a uma incorporação residencial.
Na visão do FII HGRE11, essa “foi a saída com o maior potencial ganho”. O negócio deve ser fechado ainda neste semestre, e mais detalhes sobre a venda serão repassados ao mercado.
O mês passado também marcou a venda das lajes da Torre Rio Sul, indo em linha com a estratégia do fundo em focar nas melhores regiões para imóveis corporativos. Neste sentido, o Rio de Janeiro se transformou numa região desafiadora para tal, e a venda gerou um lucro em regime de caixa de R$ 9 milhões.
Também foi fechada a venda do Centro Empresarial Dom Pedro, adquirido em 2009, mas que hoje já perdeu sua qualidade em razão de uma região com pouca liquidez (Atibaia, em São Paulo).
Embora o ativo tenha sido vendido abaixo do valor pago por ele e seu valor contábil, gerando um prejuízo de R$ 0,17 por cota, a gestão destacou a inclusão da correção dos valores pelo IPCA ao longo do recebimento das parcelas, o que pode minimizar os impactos negativos.
O patrimônio líquido médio do HGRE11 nos últimos 12 meses foi de R$ 1,90 bilhão. Por cota, o valor patrimonial é de R$ 161,11, enquanto o fundo negocia na B3 a R$ 113,95.
