MXRF11 completa 10 anos: o que esperar para a próxima década?

MXRF11 completa 10 anos: o que esperar para a próxima década?

No dia 13 de abril de 2012, o fundo imobiliário Maxi Renda conseguiu se listar na bolsa de valores do Brasil, que hoje é a B3. Sendo assim, o MXRF11 completa 10 anos de existência, tendo mudando ao longo desse tempo a sua estratégia de gestão, que atualmente é diferente da praticada quando ele começou.

O início do fundo imobiliário MXRF11 se deu no formato híbrido, alterando com o passar dos anos o seu portfólio. O Professor Baroni, especialista de fundos imobiliários da Suno, fez um levantamento no último dia 9 de abril que apontou que somente 18,97% dos FIIs que surgiram na primeira leva tiveram resultados positivos depois de 10 anos. Mas apesar do seu histórico positivo até então, o que esperar do FII MXRF11 para a próxima década?

O que esperar do MXRF11 para a próxima década?

O FII Maxi Renda é um dos mais antigos, embora não tenha de fato surgido no começo da indústria de fundos imobiliários. A valorização da cota do MXRF11 desde o ano de 2012 foi de 144,6%, algo bastante relevante considerando o longo prazo.

O gestor do Maxi Renda, André Masetti, disse em entrevista ao Suno Notícias que a principal razão para isso é o consistente trabalho de gestão do MXRF11 de forma ativa, que teve como foco principal trazer retorno aos seus cotistas. Para o futuro, o gestor tem uma expectativa positiva em relação à indústria.

“Nos próximos 10 anos esperamos mais desenvolvimento da indústria e dessa nova classe de investidores, que surgiram durante a pandemia”, opina André Masetti.

Além disso, ele acredita que a popularidade do fundo MXRF11 se deve a sua capacidade de se adequar as mudanças do mercado. Desse modo, o FII consegue se modelar para alcançar ganhos em diferentes momentos do cenário macroeconômico.

O gestor do fundo Maxi Renda destacou que “sempre vamos posicionar o fundo da melhor maneira possível, visando obter ganhos para os acionistas. Independente se o juros está alto ou baixo, se a inflação aumentou ou piorou. Seja qual for o cenário, o trabalho da gestão é buscar o melhor aproveitamento sempre”.

O que esperar do caso CVM e o Maxi Renda?

Ao final janeiro de 2022, o MXRF11 divulgou uma determinação da CVM em que o FII só poderia pagar dividendos aos cotistas se tivesse lucro contábil. Nesse caso, não seria levado em conta somente o lucro de caixa, prática que é de costume entre diferentes fundos imobiliários, que inclui o Maxi Renda.

Sendo assim, se o fundo tivesse prejuízo contábil no mês, o MXRF11 não poderia pagar os proventos, mesmo com dinheiro em caixa. O caso fez com que a CVM verificasse as demonstrações financeiras do Maxi Renda entre os anos de 2014 e 2020, em que se observou também que os fluxos de recebimento estavam regulares.

André Masetti diz que o FII está fazendo o que está ao seu alcance para tentar regularizar a situação com a CVM, inclusive fazendo um pedido de reconsideração da decisão tomada pela entidade e da suspensão definitiva.

Alguns fatores importantes indicam que o MXRF11 terminou o ano de 2021 com lucros acumulados, porém, isso está sendo verificado através de uma auditoria independente, que ficou responsável por analisar as informações desse período, conforme apontado no último relatório gerencial do Maxi Renda.

De qualquer modo, o gestor do MXRF11 afirma que daqui para frente “é uma questão de aguardar a CVM se pronunciar novamente e o que a gente espera é que a decisão seja justa para a indústria como um todo”.

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado de ações, criptomoedas, fundos imobiliários e economia popular. Graduando em Engenharia Química pela Unesp, também já trabalhei como consultor financeiro.

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