MXRF11 tem pior semana na Bolsa em 33 meses; o que aconteceu?

MXRF11 tem pior semana na Bolsa em 33 meses; o que aconteceu?
MXRF11 tem pior semana na Bolsa em 33 meses. Foto: Pixabay

O fundo imobiliário MXRF11 registrou alta de 2,04% nesta sexta-feira (25), cotado a R$ 9,51. Apesar desse forte ganho diário, isso não impediu que o desempenho semanal fosse negativo em 2,76%.

Essa representa a maior queda semanal do FII MXRF11 desde a semana iniciada em 24 de janeiro de 2022 (em 33 meses), quando o fundo tinha caído 9,54%.

Faltando apenas 5 sessões para o encerramento do mês, o fundo acumula uma desvalorização de 4,23% em outubro, embora o mês ainda não tenha fechado.

Considerando a cotação de fechamento de 2023, que tinha sido de R$ 10,05, o Maxi Renda tem uma queda acumulada de 5,37% neste ano até agora. Nos últimos 12 meses, a performance acumulada é negativa em 8,81%.

Após essas quedas recentes, o valor de mercado do fundo imobiliário MXRF11 alcançou a marca de R$ 4,16 bilhões, equivalente a R$ 9,51 por cota. Isso é cerca de 1% abaixo do valor patrimonial do fundo, que atualmente está na casa dos R$ 4,218 bilhões, ou R$ 9,65 por cota.

O que aconteceu com o MXRF11?

Recentemente, a B3 solicitou informações para administradora do Maxi Renda, diante das últimas oscilações observadas com as cotas do FII e do aumento do número de negócios e da quantia negociada na Bolsa de Valores.

A B3 questionou a administração do fundo MXRF11, perguntando se existe algum fato que se saiba e que possa justificar essa variação.

Em resposta ao ofício, a administradora diz “que não tem conhecimento de ato ou fato relevante que possa justificar a variação do valor da cota do fundo no mercado secundário de bolsa da B3”.

A queda do MXRF11 acontece em linha com a baixa do mercado de fundos imobiliários de forma geral. Nesse sentido, o principal índice de FIIs, o IFIX, teve uma desvalorização de 1,68% nesta semana, registrando a menor cotação de fechamento semanal desde novembro de 2023.

Queda no mercado de FIIs

Com um novo aumento recente na taxa Selic, que alcançou 10,75% ao ano, os investidores têm uma certa tendência de migrar capital da renda variável para a renda fixa, o que pode gerar essa pressão vendedora em ativos como ações e fundos imobiliários.

Isso se torna mais evidente conforme as taxas do Tesouro Direto também avançam. Em outras palavras, ao buscarem opções com menor risco, muitos investidores acabam direcionando seus recursos para títulos públicos e privados, reduzindo suas posições em renda variável, podendo gerar um efeito de desvalorização no curto prazo.

Essa movimentação na Bolsa de Valores não significa que haja problemas estruturais nos fundamentos dos fundos imobiliários. Isso precisa ser avaliado caso a caso, de forma que o investidor possa observar quais são as oportunidades no mercado após essa queda.

Ademais, vale destacar que essa matéria tem caráter meramente informativo sobre a queda do MXRF11 e do mercado de FIIs, não representando qualquer recomendação de compra e venda de ativos.

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