SNCI11 arrecada R$ 83,1 milhões em emissão. Quais os próximos passos do FII?

SNCI11 arrecada R$ 83,1 milhões em emissão. Quais os próximos passos do FII?

O Fundo de Investimento Imobiliário Suno Recebíveis (SNCI11) terminou a sua 2ª emissão de cotas. O resultado acabou sendo bastante expressivo, uma vez que a arrecadação total foi de cerca de R$ 83,1 milhões, obtendo assim um aproveitamento na oferta de 120%. Esse montante representa a soma do montante inicial com o lote adicional do SNCI11.

Durante o mês de fevereiro de 2022, se deu início a 2ª emissão de cotas do SNCI11. O cenário não era tão favorável a princípio, uma vez que a perspectiva de alta de juros no Brasil acaba diminuindo a tendência de procura dos investidores por ativos de renda variável, o que incluiria os FIIs.

No entanto, a alta da inflação, associada ao cenário de juros no país pode favorecer os fundos imobiliários de papel, que por sua vez podem aumentar seus rendimentos aos cotistas.

Sendo assim, por se enquadrar nessa categoria, o SNCI11 apresentou uma grande arrecadação durante sua nova emissão de cotas, o que fez com que o Suno Recebíveis passasse a ter um patrimônio líquido de cerca de R$ 250 milhões. Até então, o PL do fundo era de aproximadamente R$ 166,7, ou seja, ocorreu um aumento de quase 50%.

O resultado da emissão de cotas do SNCI11

Sobre os resultados da emissão, a líder de produtos estruturados da Suno Asset, Amanda Coura, comentou que os números surpreenderam. Segundo ela “Entramos na oferta com dúvidas sobre a demanda dos investidores, devido à janela mais estressada de captação. Foi uma surpresa quando vimos o interesse de mais de 1 milhão de novas cotas na rodada adicional e de sobras”.

Coura também destacou a importância da captação alcançada pelo SNCI11 em um momento de mercado mais difícil. Por conta disso e observando a perspectiva que se tem daqui para frente, ela diz que “Agora, vemos potencial para o fundo destravar valor e gerar mais liquidez no mercado secundário, o que é essencial para o crescimento do veículo”.

Segunda ela, a fim de atender a demanda que os cotistas do SNCI11 apresentava, o time de gestão aumentou o percentual de rateio para 51%, decidindo por uma alocação discricionária. Isso se deu em meio a alta demanda na emissão de cotas, durante a rodada de Montante Adicional. Nesse caso, se observou que o rateio total ficaria em torno de 36% das cotas que foram solicitadas.

Quais os próximos passos do FII?

A estratégia do SCNI11 para os próximos meses é justamente incrementar sua carteira, já que se tem um portfólio mais novo, e que depois da IPO do Suno Recebíveis se viu uma realocação recente.

No entanto, Amanda Coura relata que a carteira do fundo vai precisar estar preparada em eventuais mudanças que acontecerem no mercado, como no caso das variações das taxas de juros e dos índices de inflação.

No ano de 2022, deve se ter um cenário diferente na relação da Selic com o IPCA do que foi visto em 2021. Enquanto no ano passado a taxa básica de juros terminou abaixo do acumulado da inflação no intervalo de 1 ano, nesse ano deve ocorrer o contrário, ou seja, um IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) menor que a Selic.

Em meio aos possíveis cenários, Amanda Coura acrescenta ainda que a “inflação ainda não reagiu neste começo de ano, mas deve arrefecer com o aumento dos juros. Para acompanhar esse movimento, vamos calibrar o nosso portfólio”.

A pretensão da gestão do SNCI11 é de equilibrar o percentual de indexação de sua carteira com o CDI, uma vez que até o momento o fundo tem 80% dos CRIs presentes em seu portfólio atrelados ao IPCA.

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado financeiro, fundos imobiliários e economia popular.

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