SNEL11 alcança 55 mil cotistas e reforça atração do mercado por soluções ambientais concretas
O SNEL11, fundo imobiliário da Suno Asset que investe em usinas fotovoltaicas, alcançou na semana passada a marca de 55 mil cotistas. A marca simbólica é vista pela gestão como mais um sinal positivo de reconhecimento do mercado a soluções ambientais concretas.

Em meio a intermináveis debates na COP-30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, realizada em Belém (PA), o capital dá um sinal de que, mais do que discursos e metas difusas, está mais interessado em ativos capazes de entregar melhorias reais para o meio ambiente, além de retorno para os investidores.
Outro sinal positivo desse interesse do mercado é que nesta segunda-feira (17) o SNEL11 voltou a renovar sua máxima histórica, ajustada por dividendos. Foi o primeiro pregão após a Data Com, que definiu os beneficiários dos dividendos de R$ 0,10 por cota, que serão pagos no próximo dia 25, valor mantido pelo 17º mês consecutivo.
Os resultados vêm da locação de usinas fotovoltaicas para empresas do segmento de geração distribuída. Hoje são 17 usinas, que formam um patrimônio líquido avaliado em mais de R$ 300 milhões.
A receita imobiliária do SNEL11 superou nos últimos meses o patamar de R$ 1,6 milhão, e ainda mostra grande potencial de crescimento. Muitas das usinas ainda estão em fase de ramp-up, fase em que a geração de energia e o faturamento crescem gradualmente até a estabilização.
SNEL11 entrega resultados além da mera conversa
No último relatório gerencial, em setembro, a Suno Asset apresentou no documento o processo de transição da carteira, apresentando um cronograma de entrada de novas usinas, além de métricas de produtividade que dão conforto para a manutenção do patamar de dividendos.
A projeção é que a receita imobiliária mensal possa chegar a R$ 4,87 milhões, assim que todas as usinas estiverem no chamado grau de maturidade, ou seja, em arrecadação plena.
O mercado de capitais vê com bons olhos ações concretas que fogem do cenário de marketing que cerca parte relevante da agenda climática. Investidores institucionais se mostram mais preocupados com projetos que param de pé, com retorno ajustado ao risco, governança e ativos que podem ser auditados, medidos e, no limite, vendidos.
Em meio a muita conversa e pouca ação, o SNEL11 reafirma a produção de energia solar como um negócio sustentável, que reduz custos financeiros e impactos ambientais e gera receitas ao investidor. Uma amostra concreta de que há espaço para a transição energética tocada com mais pragmatismo e menos frases de efeito.