SNEL11: retornos atrativos com tese de investimento inovadora, afirma gestora

O fundo imobiliário SNEL11 vem se destacando no mercado de FIIs por sua abordagem inovadora.

SNEL11: retornos atrativos com tese de investimento inovadora, afirma gestora
SNEL11: Foto: Unsplash

O fundo imobiliário SNEL11 vem se destacando no mercado de FIIs por sua abordagem inovadora, que combina o segmento de geração distribuída de energia com a estrutura de um fundo imobiliário. Durante conversa com Tiago Reis, fundador do Grupo Suno, Guido Andrade e Rafael Menezes, membros da equipe da Suno Asset que atua na gestão do fundo, discutiram as particularidades dessa tese de investimento, os ativos já desenvolvidos e os desafios da atuação.

Segundo Andrade, o SNEL11 surgiu com a proposta de integrar a geração distribuída de energia à lógica dos fundos imobiliários. “A gente teve uma luta muito grande para colocar uma estrutura, trazer um fundo que atende o segmento de energia numa roupagem de fundo imobiliário, fazendo locação dos empreendimentos e desenvolvimento deles”, afirmou.

Rafael Menezes explica que a geração distribuída, por si só, já possui a característica de criar ativos para locação. “A gente praticamente inaugurou esse segmento de fazer um fundo imobiliário de desenvolvimento focado em energia, investindo no Equity. Então, a gente vem conseguindo capturar um retorno muito atrativo por conta disso”, pontua Menezes.

O fundo já desenvolveu quatro usinas em sua primeira emissão, duas localizadas em Minas Gerais, uma Ceará e outra em Pernambuco, todas conectadas e gerando receita. Na segunda emissão, o fundo está desenvolvendo três novas usinas, sendo duas em Goiás.

O fundo também vem chamando a atenção do cotista pelo rendimento atrativo. Após um desdobramento de cotas, na proporção de 1:15, os dividendos do SNEL11 foram ajustados para R$ 0,10 por cota. Andrade comentou que, se o fundo operasse na base 100, a distribuição seria de R$ 1,50 por cota, valor expressivo no mercado. “Esse patamar só é possível pela junção dos dois segmentos e também porque a gente está em projetos que são de desenvolvimento”, afirma.

O bom desempenho no mercado levou o SNEL11 a ser indicado pela B3 para compor o IFIX, principal índice de mercado de fundos imobiliários, no quadrimestre entre setembro e dezembro. A decisão foi como um endosso à tese de investimento.

SNEL11: como funciona o preço do aluguel das usinas?

O preço de aluguel das usinas do SNEL11 funciona de uma forma diferente. Não se trata de vender energia diretamente, porque isso é proibido por lei. Em vez disso, o cliente aluga a usina para gerar sua própria energia e, com isso, consegue créditos de energia que são descontados na sua conta de luz.

De acordo com Menezes, onde a energia é mais cara, o cliente está disposto a pagar mais pelo aluguel da usina, já que esses créditos acabam sendo mais valiosos. Além disso, o valor do aluguel pode aumentar de acordo com a receita extra que o cliente consegue gerar usando a usina.

Quais os riscos do investimento?

Conforme relata Menezes, um dos principais riscos é o do atraso de obra, que pode ser impactada devido a períodos climáticos ou problemas na entrega de equipamentos. “Esses são riscos que a equipe do fundo consegue controlar internamente, adotando medidas para mitigar possíveis problemas”, afirma.

No entanto, existe um risco menos controlável, que é o de conexão. Esse risco ocorre quando a obra da usina é finalizada, mas a distribuidora de energia responsável por conectar a usina à rede elétrica atrasa essa etapa.

“Para minimizar esse problema, a equipe do SNEL11 mantém contato constante com a distribuidora durante a construção da usina, monitorando o progresso e cobrando que a conexão seja feita em paralelo à finalização da obra. Isso ajuda a evitar surpresas de ter a usina pronta, mas sem estar conectada à rede elétrica”, comenta o especialista.

No longo prazo, como ficarão os ativos do SNEL11?

Em relação aos ativos, Menezes tranquiliza os investidores quanto à longevidade das usinas, destacando que, após 25 anos, a capacidade de geração de energia ainda seria de 80% do total inicial. “A depreciação é muito lenta. Ainda assim, ela vai estar gerando uma capacidade muito grande”, garantiu.

Cotação SNEL11

Gráfico gerado em: 04/09/2024
1 Ano

Veja a tese de investimento do Fundo

SNEL11 alcançou em julho um resultado de R$ 1,5 milhão, conforme o relatório mais recente, distribuindo R$ 0,10 por cota em rendimentos aos seus investidores.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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