TOPP11 aposta em valorização de ativos e lucra R$ 3,88 milhões


O fundo imobiliário TOPP11 encerrou o mês de abril com um resultado de R$ 3,88 milhões, segundo relatório mais recente. Sem movimentações comerciais no período, a gestão seguiu focada em elevar o valor de locação dos ativos e conduzir melhorias estruturais, com destaque para o Edifício Platinum, principal ativo da carteira.

Entre as iniciativas em andamento, estão as obras de fitout em alguns andares do Platinum, com prazo estimado de 45 dias. A expectativa é que, após a entrega das reformas, esses espaços estejam prontos para locação com valores atualizados.
A estratégia já mostra resultados: uma recente locação no edifício foi fechada a R$ 365/m², representando um aumento de 17% em relação ao contrato anterior.
Além disso, reajustes contratuais e revisionais continuam sendo aplicados em outras unidades do portfólio, com valores médios de aumento superiores a 15%, reforçando o movimento de valorização dos ativos e a tendência positiva no mercado de lajes corporativas.
Os últimos dividendos do TOPP11 foram de R$ 0,84 por cota, o equivalente a um dividend yield de 1,12%, considerando o valor da cota de fechamento do mês passado.
Fundo imobiliário estuda alternativas para pagamento futuro
A gestão também atualizou os cotistas sobre o planejamento para o pagamento da parcela remanescente da aquisição dos imóveis, prevista para abril de 2026. O valor, que não sofre reajuste até a data de quitação, vem sendo remunerado integralmente com a receita de aluguéis.
Inicialmente, o plano era realizar uma nova emissão de cotas para captar os recursos necessários, tanto para honrar o pagamento quanto para diversificar o portfólio.
No entanto, com o atual cenário desafiador do mercado de capitais — incluindo a desvalorização da cota no mercado secundário frente ao valor patrimonial —, a emissão pode não se concretizar.
Como alternativa, o fundo estuda a estruturação de um CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários). Segundo a gestão, a operação seria garantida por ativos imobiliários de alta qualidade, fluxo de aluguéis previsível e um Loan-to-Value (LTV) em torno de 30%, o que indicaria um nível de risco considerado baixo, com potencial de captação a taxas atrativas. A decisão dependerá do comportamento do mercado de crédito e do juro real de referência (NTN-B).
Dividendos podem recuar após 2026
Até a quitação total da aquisição, o fundo seguirá distribuindo um dividendo superior à rentabilidade da transação, graças ao parcelamento. A partir de abril de 2026, no entanto, esse patamar tende a cair, refletindo a conclusão do pagamento.
O novo nível de proventos do fundo imobiliário dependerá de variáveis como o custo do eventual CRI, o cenário de juros reais, a valorização dos aluguéis e até a eventual renúncia da taxa de gestão por parte da RBR Asset.