VRTA11 tem retorno de 114% do CDI e resultado de R$ 18,46 milhões

VRTA11 tem retorno de 114% do CDI e resultado de R$ 18,46 milhões
fundo imobiliário VRTA11 Foto: Pixabay

O FII VRTA11 registrou em abril com resultado de R$ 18,46 milhões e manteve a distribuição de R$ 0,85 por cota no mês, o que representa um dividend yield de 1,02% — ou 114% do CDI bruto — com base na cotação de fechamento de R$ 82,96.

Apesar da leve queda no preço da cota, o fundo segue com P/VP de 0,94x, apontando para um desconto em relação ao valor patrimonial da carteira.

Mesmo com um cenário de juros mais altos afetando o mercado de FIIs como um todo, a gestão afirma que a carteira segue saudável e majoritariamente adimplente.

O VRTA11 encerrou o mês com R$ 33,7 milhões em caixa, equivalente a 2,4% do patrimônio líquido, e mantém uma reserva de resultados de R$ 0,93 por cota — valor que assegura a continuidade das distribuições nos próximos meses.

VRTA11: novas operações e reforço em compromissadas

Em abril, o fundo vendeu aproximadamente R$ 1,2 milhão em cotas de FIIs (RBRY11 e SNME11) e realizou novos aportes em crédito estruturado. Entre os investimentos, destaca-se a aquisição de uma nova tranche do CRI Patrimônio, remunerado a IPCA + 9,55% ao ano.

Além disso, a gestora contratou mais R$ 13 milhões em operações compromissadas reversas, elevando o saldo total contratado para R$ 62,3 milhões (atualizado para R$ 64 milhões), com taxa média de CDI + 0,82% e vencimentos escalonados entre maio e dezembro de 2025.

Inadimplências pontuais vem sendo monitoradas

O fundo enfrenta dois casos de inadimplência em sua carteira de CRIs. O CRI da BR Distribuidora deixou de honrar os pagamentos desde abril e, devido a disputas judiciais em curso, foi marcado a 25% do valor de mercado — o que representa um impacto de aproximadamente R$ 300 mil, ou 0,02% do patrimônio do fundo.

Já o CRI da Cerâmica Fragnani está inadimplente desde fevereiro. A gestão adotou uma provisão de perda de 10%, ajustando o valor de marcação a mercado para 90% da curva. Segundo o relatório, os investidores estão avaliando, em conjunto com o gestor, a melhor estratégia de reestruturação da dívida para preservar o valor do fundo. A administradora reforça que, dada a diversificação e a qualidade da carteira, o caso não comprometerá as distribuições mensais no curto prazo.

Apesar da volatilidade no mercado secundário, o FII VRTA11 segue com pipeline ativo de investimentos. Atualmente, mais de R$ 44 milhões em CRIs estão em fase final de análise para novas alocações. A gestão reforça o compromisso com a qualidade de crédito dos ativos e destaca que a grande maioria dos papéis da carteira permanece adimplente.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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