WeWork fica? RCRB11 suspende ação de despejo e costura acordo

WeWork deve ter meses de aluguel no Girassol 555 e fundo já tinha liminar para despejo, mas anunciou pausa de uma semana em busca de acordo.

WeWork fica? RCRB11 suspende ação de despejo e costura acordo
Girassol 555, edifício do RCRB11 - Foto: Divulgação

O fundo imobiliário RCRB11 pediu a suspensão dos processos judiciais que move para o despejo da WeWork, empresa de gestão de espaços de coworking, referentes à inadimplência de três meses no empreendimento Girassol 555, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo.

Na semana passada, o fundo havia anunciado a obtenção de uma liminar, em 9 de setembro, que dava 15 dias para a WeWork, a partir do recebimento da notificação judicial, quitar os valores atrasados ou então desocupar o imóvel

A ação de despejo se deu após a WeWork não pagar os valores vencidos em 15 de junho, 15 de julho e 15 de agosto de 2024. Na ocasião, a empresa disse desconhecer qualquer intimação de despejo e disse que continuaria tentando renegociar as condições dos aluguéis para um patamar mais favorável e condizente com as atuais condições do mercado.

O RCRB11, sob gestão e administração da Rio Bravo, informou que a suspensão do processo será válida por sete dias, “a fim de que os termos comerciais da transação em negociação entre as partes possam ser definitivamente acordados”. O fundo detém participação de 34,81% no imóvel, mas disse que as ações contam com o respaldo de todos os proprietários.

Em agosto, o fundo havia emitido fato relevante informando a entrada com ações judiciais depois de negociações sem sucesso por terem sido consideradas “muito aquém da qualidade do ativo”. Entre as propostas estava a substituição de parte do valor fixo de aluguel por um revenue share, ou seja, participação nas receitas da empresa.

WeWork: outros acordos já fechados

Na semana passada, o fundo imobiliário SARE11 anunciou um acordo com a WeWork para suspender a ação de despejo que movia após três meses de inadimplência em imóveis no condomínio WT Morumbi, na zona sul de São Paulo, que traziam impacto de R$ 0,05 mensais nas receitas do FII..

De acordo com o fato relevante, a WeWork quitou mais da metade dos valores pendentes, com impacto referente a aproximadamente R$ 0,10 por cota, incluindo o aluguel de agosto, com os devidos juros remuneratórios. O processo tramitava em segredo de Justiça, e por isso teve os passos anteriores divulgados.

O VINO11 é outro fundo que anunciou, em 4 de setembro, ter obtido uma liminar de despejo da WeWork pela inadimplência no edifício OF 585, localizado na rua Oscar Freire, região dos Jardins, em São Paulo. O prazo também era de 15 dias a partir da notificação, mas o FII não emitiu novos comunicados depois disso.

Enquanto isso, outros fundos relataram ter chegado a acordos com a empresa. O TRNT11, que gerencia o condomínio Torre Norte do Centro Empresarial Nações Unidas, situado na região da avenida Luís Carlos Berrini, informou ter recebido o aluguel referente ao mês de julho, com impacto de R$ 0,18 por cota, mas não citou os outros meses em aberto.

Já o fundo ALMI11 informou a quitação dos três aluguéis que estavam em atraso no  Edifício Torre Almirante, localizado na região central do Rio de Janeiro, referentes aos meses de maio, junho e julho, com impacto positivo de R$ 7,47, mas não informou se fez algum acordo a respeito de redução dos valores cobrados ou do espaço ocupado pela WeWork no imóvel.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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