XPPR11 anuncia venda de edifícios por R$ 200,7 milhões e sua cotação dispara na bolsa
O fundo imobiliário XPPR11 vendeu participações em 4 edifícios pela quantia total de R$ 200,7 milhões. Veja detalhes da transação.
O fundo imobiliário XPPR11 informou nesta quinta-feira (23) que celebrou a venda de sua participação em 4 imóveis, por uma quantia total de R$ 200,7 milhões.
No Edifício Faria Lima Plaza, por exemplo, o FII XPPR11 vendeu 25% de sua participação no imóvel, o que corresponde a 4.146 m² de Área Bruta Locável (ABL) do imóvel situado em São Paulo – SP.
Além disso, o fundo XPPR11 também realizou a venda da totalidade de sua participação nos Edifícios Módulo Rebouças e BOX 298, também situados em São Paulo – SP. As participações do XP Properties nesses imóveis correspondem a uma ABL de 1.053 m² e 886 m², respectivamente.
Por fim, ocorreu a alienação de 12,9% da participação do FII no Edifício iTower, localizado no município de Barueri – SP, equivalente a 3.038 m² de Área Bruta Locável. Esse edifício faz parte do Condomínio Iguatemi Alphaville.
Após anunciar a venda, a cotação do XPPR11 disparou 5,62% na Bolsa de Valores brasileira (B3), a maior alta diária do fundo desde o dia 5 de janeiro de 2023.
Valores envolvidos na venda do XPPR11
O valor da venda de participação dos imóveis do XPPR11 terá o total de R$ 200,7 milhões, dos quais R$ 75,45 milhões serão quitados em até 5 dias úteis, a título de sinal.
O saldo remanescente, no valor de R$ 125,24 milhões, será pagos em 6 parcelas. A primeira delas tem o valor de R$ 37,83 milhões, com vencimento em até 6 meses a partir da data de pagamento do sinal.
As outras cinco parcelas têm valores iguais a R$ 17,482 milhões, com vencimento em até 12,18, 24, 30 e 36 meses, respectivamente.
XPPR11 destaca cenário atual para o setor de escritório
A gestão e administração do fundo imobiliário XPPR11 destacaram o cenário de incertezas dos agentes econômicos no que se refere às diretrizes políticas e econômicas e um contexto macroeconômico avesso à alocação de recursos em investimentos alternativos que, por sua vez, foram desestimulados pela elevada taxa básica de juros, a Selic.
Esse contexto, em conjunto com as consequências geradas pela pandemia, gerou consequências negativas para o segmento de escritórios, como:
- Otimização e corte de custos;
- Implementação do modelo de trabalho híbrido e remoto;
- Revisão do planejamento estratégico das empresas;
- Processos decisórios mais lentos com o contexto de incerteza;
- Majoração da vacância;
- Pressão de baixa no preço de locação.
A transação do XPPR11 foi feita com ganho de capital de R$ 0,41 por cota, levando em conta a quitação integral do preço de venda, a ser realizado conforme recebimento de caixa das parcelas e, com ágio relevante em relação ao enterprise value do FII.