SNEL11 alcança 50 mil cotistas, em novo sinal positivo à tese de investimentos
O fundo imobiliário SNEL11, criado pela Suno Asset para investimento em energias renováveis, superou no início deste mês a marca de 50 mil cotistas. Esse número é visto pela gestora como mais um sinal positivo do mercado à tese de investimentos e ao novo momento operacional do fundo, com foco na aquisição de ativos maduros na geração de energia fotovoltaica.
Nas últimas semanas, o fundo vem apresentando outros indicadores positivos, como a superação da cotação histórica máxima, ajustada pela distribuição de dividendos, e a manutenção da liquidez média diária em patamar acima de R$ 1 milhão. Esses dados se sucedem à divulgação do último relatório gerencial do SNEL11, referente aos resultados de setembro.
O documento trouxe respostas a dúvidas recorrentes do mercado a respeito da previsibilidade de resultados entregues pelo portfólio de usinas fotovoltaicas. Na visão da Suno Asset, o aumento do número de investidores confirma a reação positiva do mercado à tese de investimentos, que deixou de predominantemente de desenvolvimento e passou a priorizar ativos em operação, com contratos e geração de caixa mais estáveis.
Nas duas primeiras emissões de cotas, o SNEL11 optou pela construção de usinas. As unidades da primeira oferta já estão em funcionamento, enquanto algumas das unidades da segunda leva ainda não entraram em fase completa de geração de receita. A partir da terceira oferta, encerrada no primeiro semestre deste ano, a prioridade passou a ser a aquisição, com um portfólio formado atualmente por 17 usinas.
SNEL11: relatório teve recepção positiva do mercado
A Suno Asset apresentou no documento o processo de transição da carteira, apresentando um cronograma de entrada de novas usinas, além de métricas de produtividade que dão conforto para a manutenção do patamar de dividendos. Para analistas, esse redesenho da carteira diminui a volatilidade de curto prazo e facilita a modelagem de fluxo de caixa.
A receita imobiliária do SNEL11 superou nos últimos meses o patamar de R$ 1,6 milhão, e ainda mostra grande potencial de crescimento, uma vez que parte das usinas ainda estão em fase de ramp-up, período em que a geração e o faturamento crescem gradualmente até a estabilização. Há ainda casos em que os valores de locação estão sendo acumulados e serão refletidos nas próximas faturas.
A projeção da Suno Asset é de arrecadação mensal de R$ 4,870 milhões assim que todas as usinas estiverem no chamado grau de maturidade, ou seja, em plena arrecadação. “Nossa expectativa é de que a receita operacional cresça de forma consistente e efetiva, consolidando a base necessária para sustentar a capacidade de distribuição de dividendos ao longo dos próximos ciclos”, diz o texto.
Esse aumento recente do interesse pelo SNEL11 tem sido potencializado também por fatores técnicos: a combinação de baixa oferta de cotas à venda e entrada de fluxo novo após o relatório. Para gestores, os fundos de energia vêm ganhando apelo por apresentar uma opção rentável de diversificação, no qual o FII da Suno Asset se posiciona como referência, com dividendos estáveis e menor relação com o cenário macroeconômico.
