Os 3 pontos fundamentais para o investidor de FIIs de tijolo se proteger da inflação

Quais são 3 pontos importantes para o investidor de fundos imobiliários de tijolo ter proteção contra o avanço da inflação? Confira agora.

Os 3 pontos fundamentais para o investidor de FIIs de tijolo se proteger da inflação
Os 3 pontos fundamentais para o investidor de FIIs de tijolo se proteger da inflação. Foto: divulgação/FII Experience

O professor Baroni, especialista de fundos imobiliários da Suno, destacou em palestra junto a gestores os 3 principais pontos para que o investidor de FIIs de tijolo se proteja da inflação, durante o evento FII experience, realizado nesta quinta-feira (21).

Segundo Baroni, muitas das vezes se coloca como premissa que ao investir no mercado imobiliário o investidor estará protegido contra a inflação. Porém, as pessoas acabam buscando de forma equivocada que isso aconteça mês a mês, de forma semelhante ao que acontece com os ativos de renda fixa.

“O retorno e a proteção do patrimônio contra a inflação ela vêm muito da tese e da estratégia [da gestão] e é algo que deve se respeitar um ciclo macroeconômico. Por essa razão, é importante entender a dinâmica de cada gestão do fundo imobiliário”, afirma.

O especialista de fundos imobiliários da Suno destacou que os 3 pontos fundamentais que o investidor pode avaliar nos FIIs de tijolo para buscar se proteger da inflação são:

“O ganho com os imóveis se dá principalmente no momento da compra”, diz sócio fundador da TRX

Para Luiz Augusto F. do Amaral, sócio fundador da TRX, a geração de lucro com imóveis acontece principalmente no momento da compra, não no momento da venda, a partir da aquisição do ativo por um preço “certo”.

“Se você compra no preço certo, a tendência é que você consiga passar no mínimo a inflação. O nosso fundo TRXF11 tem 98% de contratos atípicos, que são contratos longos de 15, 20 anos. Então, no nosso caso, temos conseguido repassar de maneira muito consistente o incremento da inflação para o aluguel. E se você está vendendo o imóvel pelo mesmo cap rate que você comprou, você naturalmente já corrigiu aquele imóvel pela inflação”, explica Amaral.

O sócio fundador da TRX está bastante otimista com o momento atual, principalmente no que se refere à oportunidade dos gestores de fundos imobiliários de construírem portfólios mais sólidos e com maior potencial de retorno.

“O momento é muito oportuno. A gente está retomando o apetite por captação e por novos recursos e temos os caps mais altos. Agora é o momento ideal de entrar, para os fundos formarem bons portfólios”.

Já Rodrigo Abbud, Sócio fundador e head do segmento de office da VBI, destaca que imóvel precisa proteger o investidor da inflação, e explica que o lastro dos dividendos distribuídos pelos FIIs vem dos contratos de locação por trás do ativo de tijolo.

Nesse sentido, para que a gestão consiga trazer ao investidor proteção contra a inflação, é muito importante observar o tipo de imóvel, a qualidade e sua localização.

“O mercado imobiliário está sempre muito atrelado ao cenário macroeconômico, ou seja, ao crescimento do PIB e da economia, por exemplo. Levando essa análise do cenário macroeconômico para o “micro”, é possível avaliar de forma mais cuidadosa quais são os impactos desse contexto em diferentes regiões, localizações e qualidades dos imóveis”, conclui Abbud.

Gustavo Asdourian, sócio fundador da Guardian, concorda que o valor dos imóveis “tem que refletir a inflação”, já que o preço de todo material usado para construir imóveis geralmente acompanha o avanço dos índices inflacionários e, portanto, então em algum momento isso deve se refletir no preço dos ativos dos FIIs.

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado financeiro, fundos imobiliários e economia popular.

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