FIIs comprados pelo Pátria vão convocar AGE para aprovar nova gestão
Transação envolveu sete fundos, com valor patrimonial aproximado de R$ 12 bilhões, e terá de ser aprovada pelos cotistas.
O grupo Pátria prepara o último passo da transição no processo de compra dos fundos imobiliários (FIIs) da Credit Suisse: vai convocar assembleia geral extraordinária (AGE), de forma virtual, para que os cotistas possam aprovar as mudanças. O processo, junto às autoridades, foi considerado concluído após a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), anunciada em fevereiro.
Na prática, os times de gestão dos fundos imobiliários continuam os mesmos, já que os profissionais que atuavam na Credit Suisse foram contratados pelo Pátria ao longo do processo de aquisição. A empresa justificou a decisão dizendo que ela visa “proporcionar continuidade dos serviços de gestão atualmente prestados aos FIIs” e que o time “corrobora a relevância da atividade imobiliária dentro da estratégia do Pátria”.
A AGE, desta forma, servirá para aprovar a gestão da empresa e a escolha de outra empresa para os serviços de administração fiduciária.
Ao todo, são sete fundos envolvidos na transação, com o seguinte patrimônio líquido, segundo os informes mais recentes, divulgados em fevereiro:
- HGLG11 (logística) – R$ 5,3 bilhões
- HGRU11 (renda urbana – varejo e educacional) – R$ 2,3 bilhões
- HGRE11 (lajes corporativas) – R$ 1,8 bilhão
- HGCR11 (papel) – R$ 1,5 bilhão
- HGPO11 (lajes corporativas prime) – R$ 540,8 milhões
- HGFF11 (FOF) – R$ 270,9 milhões
- CBOP11 (propriedade de 50% do Castello Branco Office Park, em Barueri) – R$ 101,4 milhões
A negociação original incluía também o HGRS11, de imóveis residenciais, mas esse fundo imobiliário está em processo de liquidação, após a venda de todos os seus ativos.
Ao todo, o Pátria pagou US$ 130 milhões ao Credit Suisse, que decidiu se desfazer de suas operações de fundos imobiliários no Brasil depois de uma crise em sua matriz, na Suíça, que levou à compra de todas as operações por outro banco local, o UBS.
Por ora, a operação dos demais FIIs sob gestão do Pátria, como o PATL11 e o PATC11, seguirá de forma segregada dos fundos adquiridos junto ao Credit Suisse, sem previsão de fusão ou incorporação, ao menos no atual cenário.