CPTS11 cai abaixo de R$ 8 pela 1ª vez no ano; IFIX tem pior fechamento desde julho
CPTS11 fechou em valor mais baixo desde dezembro; IFIX manteve viés de baixa em primeira sessão após alta da Selic.
O CPTS11, um dos líderes em liquidez no mercado de fundos imobiliários, voltou a negociar acima de seu volume médio desta quinta-feira (19) e fechou em seu pior resultado do ano, a R$ 7,99, em mais um dia de resultado negativo para o IFIX, no primeiro pregão após o Copom anunciar o aumento da Selic para 10,75%.
O IFIX fechou em 3.340,62 pontos, queda de 0,28% em relação ao resultado de quarta-feira (18) e pior resultado desde 4 de julho, quando parou em 3.323,67 pontos. Curiosamente, nesse dia o índice subiu 0,63%, numa recuperação puxada pela desistência do governo e do Congresso de taxar os FIIs como prestadores de serviços, como parte da regulamentação da reforma tributária, risco que levou o índice a seu pior resultado do ano alguns dias antes..
O índice de FIIs mais uma vez registrou a máxima do dia em cerca de 15 minutos de negociações, em 3.352,02 pontos, e caiu em seguida, entrando em patamar negativo ainda antes das 11h. A mínima do dia foi de 3.339,08 pontos, por volta das 16h30.
Depois de quatro pregões seguidos com resultado negativo, a queda do IFIX acumulada nesta semana está 0,70%, e o recuo de setembro está em 1,56% na comparação com o resultado de 30 de agosto, de 3.393,55 pontos, segundo melhor fechamento de um mês em 2024, atrás apenas de março.
No ano, o resultado ainda é positivo, em 0,80%. Na comparação com a máxima histórica do IFIX, de 3.423,95 pontos, marca obtida em 12 de abril, o recuo é de 2,43%.
CPTS11 lidera volume de negociações
O fundo imobiliário CPTS11 voltou a negociar acima de sua média de 1 milhão de cotas diárias, movimentando mais de R$ 10,8 milhões em volume financeiro no dia em que fechou negociado a seu valor mais baixo do ano, a R$ 7,99.
Foi a primeira vez desde 18 de dezembro que a cotação do CPTS11 ficou abaixo de R$ 8. Veja abaixo o top 5 no ranking de cotas negociadas:
| Fundo | Cotas negociadas | Volume financeiro (R$) |
| CPTS11 | 1.373.336 | 10.811.088,98 |
| MXRF11 | 977.829 | 9.398.086,8 |
| VGIR11 | 847.625 | 8.274.962,89 |
| GARE11 | 787.976 | 6.940.275,66 |
| RBRF11 | 624.007 | 4.423.179,46 |
O BROF11, FII de lajes corporativas, liderou as altas do dia, com valorização de 2,11%, cotado a R$ 47,38. Na outra ponta, o BCIA11, um FOF (fundo de fundos), teve a maior queda, de 3,69%, com preço de fechamento em R$ 96,80, também seu pior resultado em 2024.
O IFIX é o principal índice do mercado de fundos imobiliários. A carteira teórica conta com 115 FIIs de todos os segmentos, entre eles o CPTS11. A escolha é feita pela pela B3 a partir de indicadores como valor patrimonial, regularidade nos dividendos e liquidez das cotas, além de outros fatores. A atual seleção foi adotada a partir do começo deste mês e vai até dezembro.
