SNAG11, AAZQ11 e CLIN11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (15/1)
O anúncio de dividendos pelos Fiagros da Suno Asset, SNAG11 e SNFZ11, e a divulgação de relatórios pelos FIIs IRDM11 e CLIN11 e pelo Fiagro AAZQ11 estão entre os destaques do mercado nesta quarta-feira (15), dia seguinte a mais um resultado negativo do IFIX.
O IFIX superou mais uma vez nesta terça-feira (14) seu pior resultado do ano, em 3.065,32 pontos, com recuo de 0,08% em relação ao fechamento da véspera. A perda acumulada na semana é de 0,37%, e desde o início do ano está em 1,64%, com seis quedas em nove dias úteis até agora.
Num dia marcado por alta do Ibovespa e queda do dólar, o índice de FIIs abriu em alta e, como acontece desde a semana passada, atingiu rapidamente a máxima do dia, em 3.076,26 pontos. Ao contrário da véspera, porém, oscilou positivamente até às 14h30, quando entrou em patamar negativo, batendo na mínima de 3.063,36 pontos pouco antes das 16h.
Nesta quarta-feira (15), décimo dia útil do mês, mais de 100 FIIs realizam o pagamento de seus dividendos aos cotistas. Entre eles estão alguns dos mais populares do mercado, como o MXRF11, com mais de 1,2 milhão de cotistas.
Analistas acreditam que o mercado de FIIs pode reagir de forma positiva aos reinvestimentos, embora boa parte do mercado ainda veja os fundos imobiliários com resistência num cenário de inflação pressionada e juros elevados. Nos últimos três meses, o IFIX fechou em alta no décimo dia útil.
Confira as principais notícias do mercado de FIIs:
Suno Asset aumenta dividendos do SNAG11 e do SNFZ11
A Suno Asset anunciou elevação na distribuição de dividendos de seus dois Fiagros. O SNAG11, que atua no mercado de crédito, registrou um aumento de 10%, de R$ 0,10 para R$ 0,11 por cota, enquanto o SNFZ11, que tem foco na valorização patrimonial, vai pagar R$ 0,06 por cota, ante o valor de R$ 0,055 distribuído desde sua listagem, no segundo semestre do ano passado.
Os dois Fiagros já haviam antecipado as possibilidades de aumento dos proventos em seus últimos relatórios. O SNAG11 tem a maior parte de seu patrimônio atrelado ao CDI, e registrou aumento nas receitas devido à alta da Selic nos últimos meses, que puxa consigo o custo do crédito.
Já o SNFZ11 tem se beneficiado de altas recentes no preço da soja, uma de suas fontes de receita, já que o valor do arrendamento da Fazenda Coliseu, de sua propriedade, está atrelado à commodity. Embora tenha foco na venda com lucro do imóvel no médio e longo prazo, a Suno Asset optou por distribuir dividendos para aumentar a atratividade do fundo no mercado.
Nos dois casos, a Data Com para fechamento da listagem de beneficiários dos dividendos será nesta quarta-feira (15), no fim do pregão. O pagamento será na semana que vem, no dia 24.
AAZQ11 distribui maior dividendo do ano, com retorno de 216% do CDI
O Fiagro AAZQ11 faz nesta quarta-feira (15) sua maior distribuição de dividendos do ano, no valor de R$ 0,13 por cota, fruto de um lucro-caixa de R$ 3,067 milhões. O pagamento representa um dividend yield de 1,90% ao mês e de 25,27% ao ano, equivalente a 216% do CDI.
Com ganhos maiores no mês e distribuições mais conservadores durante o ano, o fundo acumulou “gordura” para aumentar o valor, que será pago de acordo com a posição dos cotistas no dia 30 de dezembro.
No último mês, o Fiagro sob gestão da AZ Quest fez importantes movimentações na sua carteira, com a alocação de R$ 1,2 milhão no CRA BR Agro, com uma taxa de CDI + 5,00% ao ano, representando 0,6% do patrimônio líquido do fundo.
Também foram realizadas amortizações parciais de operações, seguindo os cronogramas de pagamento estabelecidos, além de movimentações nos ativos de caixa. Segundo o último relatório gerencial, a gestora está atenta a oportunidades no mercado primário e secundário, buscando ativos que se alinhem ao perfil de risco e retorno do fundo, com o objetivo de maximizar o desempenho da carteira.
CLIN11 tem resultado recorde e carteira rende IPCA + 12,48%
O fundo imobiliário CLIN11 apresentou um resultado líquido de R$ 4,734 milhões em dezembro, acumulando R$ 51,493 milhões de lucro em 2024. Em seu valor atual de mercado, a carteira do fundo possui uma taxa média de IPCA + 12,48% ou CDI + 4,04%, já com desconto de sua taxa de administração.
Desde o início de sua segunda emissão, o fundo CLIN11 já distribuiu R$ 14,989 por cota, representando uma rentabilidade anual de 14,54%, segundo dados da gestora, a Clave Capital.
Já os dividendos referente a dezembro serão de R$ 1,00 por cota, com pagamento previsto para esta quinta-feira (16). Esse valor corresponde a um dividend yield de 1,23% ao mês.
No mês, o CLIN11 manteve 98% de seu patrimônio líquido alocado em 30 operações, com a aquisição de novas posições, incluindo um CRI da Newport e investimentos adicionais nos CRIs Solfácil e São Carlos. O desempenho do fundo é atribuído pela gestora à estrutura sólida de seus ativos e à continuidade da adimplência, com todos os títulos tendo suas obrigações cumpridas.
IRDM11 tem aumento de 14,67% no lucro, para R$ 35,7 milhões
O fundo imobiliário IRDM11 registrou um resultado total de R$ 35,798 milhões em dezembro, o que representa um crescimento de 14,67% em comparação com o lucro do mês de novembro.
As receitas totalizaram R$ 38,229 milhões, enquanto as despesas somaram R$ 2,107 milhões. Esse resultado permitiu a distribuição de dividendos no valor de R$ 33,883 milhões, o que corresponde a R$ 0,93 por cota, o maior patamar em quase 2 anos.
Os dividendos do IRDM11 representaram uma rentabilidade bruta de 146,86% do CDI, antes de descontado o imposto de renda. O rendimento total gerado pelo fundo no mês foi de aproximadamente R$ 0,98 por cota, mas R$ 0,05 por cota foram retidos para garantir o cumprimento da política de reserva de 5% nas distribuições semestrais.
Segundo a Iridium, gestora do fundo, essa reserva já soma cerca de R$ 0,47 por cota e tem o objetivo de fortalecer o fundo contra eventuais riscos, como inadimplências ou amortizações.
O resultado do IRDM11 em dezembro foi impulsionado pela alta do IPCA em outubro, além da amortização extraordinária do CRI JK VNC e o pagamento de quatro parcelas de juros do CRI Bewiki. Já a estratégia para a carteira de FIIs continua voltada para a redução das posições no mercado secundário, embora não tenha ocorrido venda de ativos no último mês de 2024.
