Fundo imobiliário MGHT11 anuncia prejuízo milionário; o que aconteceu?
O fundo imobiliário MGHT11 anunciou um prejuízo milionário em dezembro. Mas o que teria acontecido? Veja as explicações da gestão.
O fundo imobiliário MGHT11, atuante do setor de hotéis, anunciou um resultado negativo de R$ 1,008 milhão em dezembro. Enquanto o resultado imobiliário apontou um prejuízo de R$ 293,56 mil, as despesas mensais somaram R$ 750,56 mil.
Vale destacar que o FII MGHT11 não distribui dividendos desde julho de 2024, quando havia pago R$ 0,13 por cota.
O resultado negativo do mês foi fortemente impactado por uma série de eventos extraordinários, resultando em um prejuízo acumulado de R$ 374,43 mil no semestre, sem possibilidade de distribuição de resultados no período.
A principal causa desse prejuízo do fundo MGHT11 foi o distrato dos contratos de locação com a Selina, tanto no imóvel de Búzios quanto no da Vila Madalena.
No caso do imóvel de Búzios, o distrato levou à substituição imediata do operador hoteleiro. A nova gestão iniciou sua operação no dia 16 de janeiro de 2025.
Segundo a gestão do FII, durante o primeiro mês sob a nova administração, foi possível realizar algumas obras emergenciais e recuperar parcialmente as condições mínimas de funcionamento do imóvel, o que resultou em uma taxa de ocupação média de 67% e um aumento no valor da diária em relação ao período anterior.
No entanto, o fundo imobiliário MGHT11 continuará com as obras de melhorias, priorizando as intervenções urgentes, seguidas das menos críticas.
Por outro lado, o imóvel da Vila Madalena está em um processo mais demorado de readequação. A gestão diz que, embora as condições de conservação sejam semelhantes às do imóvel de Búzios, a transformação do atual “hostel” em um hotel exige um número maior de obras adicionais, incluindo a construção de banheiros.
Fundo imobiliário MGHT11: o que mais impactou resultado?
Além dessa perda operacional, o FII MGHT11 também enfrentou alguns encargos financeiros. No final de dezembro de 2024, foram pagos cerca de R$ 300,26 mil para cobrir despesas relacionadas aos CRI, conforme decidido pela Assembleia Especial de Titulares em dezembro.
O fundo também destacou outra despesa relevante, que foi o pagamento dos IPTU atrasados do imóvel da Vila Madalena, no valor de R$ 289,8 mil, que não tinham sido quitados pela Selina.
Por fim, o FII precisou reverter uma receita de aluguel do imóvel de Vila Madalena que ainda constava no “contas a receber” devido à formalização do distrato. Isso resultou em uma perda de R$ 293,56 mil para o fundo imobiliário MGHT11, o que também impactou o resultado do mês.
