IFIX se recupera e volta a subir, antes de elevação da Selic; SNCI11 lidera altas do dia
O IFIX teve um dia de oscilação, mas registrou seu primeiro dia de alta nesta semana após recuperação no fim do dia.


O IFIX teve um dia de oscilação, mas registrou seu primeiro dia de alta nesta semana, ao fechar em 3.388,20 pontos, avanço de 0,08% em relação ao resultado da véspera. O pregão terminou antes do anúncio de nova elevação da Selic, para 14,75% ao ano, feito pelo Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, no início da noite.

O índice de FIIs oscilou negativamente durante a maior parte do pregão, mas se recuperou a partir da última hora, em consonância com o impacto positivo em outros índices após a coletiva do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano), Jerome Powell. Lá, os juros foram mantidos no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano, mas as falas do dirigente deixaram o mercado satisfeito por suas manifestações de independência em relação às tentativas de interferência do presidente Donald Trump.
Além disso, as duas decisões citaram que estão monitorando os impactos das tarifas de importação anunciadas pelo governo americano, de olho em possíveis alterações no ritmo de atividade econômica e nos índices inflacionários. Para especialistas, o mercado de FIIs deve manter o cenário de valorização dos últimos meses, uma vez que muitos ativos seguem descontados.
“A taxa básica de juros está próxima do seu pico, e projetamos o fim do atual ciclo de alta em muito breve”, afirmou a Guardian, gestora dos fundos GARE11 e GAME11. Analistas da empresa, no entanto, ainda estimam o prolongamento do aperto monetário, sem possibilidade de redução da Selic antes do fim do ano, com possibilidade até mesmo de novas altas em menor escala.
IFIX – resumo do dia 07/05/2025
- Fechamento: 3.388,20 pontos (+0,08%)
- Mínima: 3.381,80 (-0,11%)
- Máxima: 3.393,85 (+0,24%)
- Acumulado da semana: -0,91%
- Acumulado do mês: -0,72%
- Acumulado do ano: +8,73%
SNCI11 lidera altas; CPTS11 volta a subir
O SNCI11, fundo imobiliário de recebíveis da Suno Asset, registrou a maior alta do pregão, negociado a R$ 90,91, com avanço de 1,89% em relação à véspera. Desde o início do ano, o FII registra mais de 6,61% de valorização, se comparado ao preço da cota em 30 de dezembro, de R$ 85,27, isso sem contar a distribuição de R$ 4 por cota em dividendos no período.
Na outra ponta, o GZIT11 registrou a maior queda do dia, de 3,30%, com fechamento a R$ 46,53. Outro FII de shopping, o HSML11, também aparece entre as maiores quedas, com recuo de 1,66%, a R$ 83,10.
Depois de três quedas seguidas e dois pregões de liquidez acima do normal, o CPTS11 registrou alta de 0,27% e fechou em R$ 7,40, com pouco mais de 1.1 milhão de cotas negociadas. O dia marcou a data base para o exercício dos direitos de preferência da 13ª oferta de cotas do FII, cujo valor de adesão será de R$ 8,75, com a intenção de captar cerca de R$ 255 milhões.
O MXRF11, outro FII entre os mais populares do mercado, fechou estável, em R$ 9,28. Já o GARE11 subiu 0,12%, a R$ 8,47.
A carteira teórica do IFIX é renovada a cada quatro meses pela B3, e a versão mais recente passou a ser usada nesta segunda-feira (5). Entre os indicadores para que um FII seja selecionado estão valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 fundos imobiliários, valerá até o fim de agosto.