Fundo imobiliário deixa a B3 e prepara liquidação após venda de ativo ao GGRC11
O fundo imobiliário VTLT11 avançou em seu processo de liquidação, após a venda ao GGRC11 de seu único ativo, um imóvel logístico em Quatro Barras (PR), na região metropolitana de Curitiba. O processo deve ser concluído até o fim do ano, de acordo com projeções da Tivio, a gestora do fundo.

O imóvel, que está locado à Renault, foi negociado por cerca de R$ 217 milhões. O pagamento foi realizado por meio da integralização de 19.340.463 recibos da 10ª emissão do GGRC11, que foram convertidos em cotas na semana passada.
Essas cotas, que hoje compõem a maior parte do patrimônio líquido do VTLT11, serão entregues aos investidores, de forma proporcional à posição de cada um ao fim do pregão da última quinta-feira (13), dia em que os papéis do FII deixaram de ser negociados no mercado secundário. O preço de mercado fechou em R$ 88,98. um desconto de pouco mais de 4% em relação ao valor patrimonial, de R$ 92,91.
A proporção exata da distribuição será informada posteriormente pela gestão, e os investidores terão prazo de 24 de novembro a 10 de dezembro para informar o custo médio de aquisição. O processo de liquidação acontece de forma similar à amortização, com tributação sobre o ganho de capital, e no caso de quem não informa o custo médio o valor será calculado em cima do menor preço de mercado do fundo, próximo de R$ 80 por cota.
A entrega das cotas está prevista inicialmente para 23 de dezembro, e o pagamento de eventual saldo antes da liquidação será feito em 29 de dezembro.
Fundo imobiliário GGRC11 ampliou portfólio com estratégia de troca
A troca de ativos por cotas movimentou as duas últimas emissões do GGRC11, contribuindo para o crescimento do patrimônio líquido do fundo, que informou a captação de R$ 693,3 milhões com a 10ª oferta, encerrada oficialmente em 27 de outubro.
Além da compra do imóvel em Quatro Barras, o FII já comunicou outras aquisições com esses recursos:
- um terreno em Cabreúva (SP) preparado para a construção de um imóvel logístico e cotas do FII Triple A, que detém dois imóveis; ambos pertenciam ao BLMG11 e custaram R$ 125 milhões;
- um condomínio logístico em Seropédica (RJ), por cerca de R$ 68 milhões;
- um condomínio logístico em Indaiatuba (SP), por R$ 43 milhões.
Na última atualização informada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), referente a 30 de setembro, o fundo imobiliário GGRC11 informou um patrimônio líquido de R$ 1,883 bilhão. O relatório gerencial de outubro deve ser divulgado nos próximos dias com atualizações mais detalhadas pela Zagros Capital, gestora do FII.