CPSH11: fundo imobiliário mais que dobra lucro e paga dividendos de 14,82% ao ano
O fundo imobiliário CPSH11 anunciou um resultado de R$ 16,9 milhões em outubro, o que é mais que o dobro do lucro obtido em setembro, que foi de R$ 8,008 milhões. O resultado de shoppings e FIIs estratégicos somaram R$ 17,484 milhões.
A partir desse resultado, o FII CPSH11 anunciou a distribuição de R$ 0,12 por cota, acima do nível recorrente de R$ 0,10 que vinha sendo praticado.
Com isso, o rendimento gerou um dividend yield anualizado de 14,82% sobre o valor de mercado da cota, posicionando o fundo entre os maiores pagadores de dividendos do segmento de shoppings.
Segundo a gestão, o mês foi marcado por um movimento relevante dentro da estratégia ativa de gestão do portfólio.
Movimentações da carteira do fundo imobiliário CPSH11
Em outubro, o fundo concluiu uma operação relevante de venda em bloco junto ao XPML11, ao mesmo tempo em que realizou uma nova alocação considerada estratégica no Internacional Shopping Guarulhos.
Também foram vendidas integralmente as participações no Shopping Praia de Belas (10%), no Shopping Metrô Tatuapé (4,53%) e no Shopping Boulevard Tatuapé (15%), além da venda parcial de 5,5% do Iguatemi Bosque Fortaleza.
Essas transações permitiram ao fundo imobiliário CPSH11 realizar ganhos de capital sobre ativos classificados como maduros e táticos, gerando um resultado extraordinário que contribuiu de forma relevante para o desempenho do mês e para o aumento da distribuição de rendimentos.
Além disso, a gestão destacou que a movimentação também teve como objetivo requalificar o portfólio, reduzindo a exposição a ativos com menor potencial de crescimento relativo.
Parte dos recursos foi direcionada para a aquisição de 4,81% do Internacional Shopping Guarulhos, em uma operação avaliada em R$ 76,2 milhões.
O ativo é classificado pela gestão do fundo CPSH11 como um shopping “troféu”, com taxa de ocupação de 99,2% e localização estratégica às margens da Rodovia Presidente Dutra, eixo que conecta o Aeroporto Internacional de Guarulhos à cidade de São Paulo.
Do valor total, R$ 26,7 milhões foram desembolsados imediatamente em caixa pelo fundo, enquanto os R$ 50 milhões restantes foram pagos ao XPML11 por meio de uma estrutura de securitização, tendo como lastro o próprio instrumento particular de compra e venda do ativo.
A gestão esclareceu que o aumento do endividamento observado no balanço de outubro é temporário. Parte da primeira e da segunda série da primeira emissão de CRIs, nas quais o fundo imobiliário CPSH11 figura como devedor, será liquidada ao longo de novembro, sem pagamento de prêmio.