BLMG11: fundo imobiliário paga dividendos de 13% ao ano e revela nova estratégia
O fundo imobiliário BLMG11 apurou R$ 1,878 milhão de resultado no mês de setembro, leve recuo em relação a agosto, quando havia registrado R$ 1,91 milhão.

As receitas do BLMG11 somaram R$ 2,021 milhões e as despesas ficaram em R$ 142,5 mil. Com base nesses números, o fundo distribuiu R$ 0,36 por cota em dividendos. Esse valor equivale a um dividend yield de 13,0% sobre a cota de mercado no encerramento do período.
Em outubro, conforme comunicado ao mercado, foi concluída a alienação da fatia remanescente no ativo Triple A e do terreno de Cabreúva ao GGRC11.
Nesse mesmo período, o fundo imobiliário BLMG11 também iniciou uma consulta formal para atualizar seu regulamento, proposta que busca adequar a política de investimentos à nova estratégia, que seria ampliar o escopo para aquisição de ativos de diferentes segmentos, retirar a palavra “Logística” do nome e autorizar a recompra de cotas.
A tese do FII prioriza imóveis resilientes distribuídos pelo país, preferencialmente inseridos ou próximos a grandes centros urbanos, onde a combinação de originação diferenciada, relacionamentos com inquilinos e reciclagem de portfólio tende a destravar ganhos operacionais e preservar liquidez.
Ativos atuais da carteira do BLMG11
Dentre os ativos que figuravam na carteira do FII BLMG11 em setembro, o BMLog Rio, no estado do Rio de Janeiro, é um empreendimento classe AAA com 145 mil metros quadrados, integralmente ocupado pela Via Varejo em contrato atípico com vencimento em 2030.
Em Extrema, Minas Gerais, o BMLog Extrema, também AAA, está 100% locado para a Dafiti, igualmente em contrato atípico. A primeira fase oferece 54 mil metros quadrados de ABL e a segunda, entregue em outubro de 2021, acrescentou 23 mil m². Nesse caso, ambas as etapas permanecem com o mesmo inquilino.
Esse complexo é apontado como o maior e mais inovador centro de distribuição de moda online da América Latina, operando com tecnologia de ponta e abrigando a maior solução AutoStore do mundo.
Em Salvador, o ativo BM Salvador, que deve permanecer como propriedade do BLMG11, dispõe de 12 mil metros quadrados de ABL e abriga a operação de call center do Itaú, desenvolvida pela Atento, compondo uma fonte adicional de receitas com perfil de serviços.