XPML11, BIDB11 e SNFZ11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (24/1)

XPML11 concluiu negociação milionária com a Allos; BIDB11 e SNFZ11 divulgaram resultados e projeções para o semestre.

XPML11, BIDB11 e SNFZ11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (24/1)
Veja as principais notícias do mercado de FIIs - Foto: Pixabay

O fundo imobiliário XPML11, o FI-Infra BIDB11 e o Fiagro SNFZ11 estão entre os destaques do mercado de FIIs nesta sexta-feira (24), dia que encerra uma semana marcada, até agora, por seguidos dias de queda do IFIX, que voltou a cair abaixo de 3 mil pontos.

O índice de FIIs fechou nesta quinta-feira (23) em 2.997,38 pontos, queda de 0,44% em relação à véspera. Foi a sexta queda consecutiva e o pior resultado registrado desde 20 de dezembro do ano passado.

Apenas nesta semana, o IFIX já acumula perda de 1,46%. Desde o início do ano, a desvalorização do principal índice do mercado de FIIs já chega a 3,82%.

Para especialistas, as cotações do mercado de FIIs e o próprio IFIX continuarão sob pressão até a realização da primeira reunião do ano do Copom, na semana que vem. A tendência é que a Selic seja elevada em um ponto percentual, para 13,25% ao ano, o que tende a atrair investidores para o mercado de renda fixa.

Analistas afirmam, no entanto, que os descontos nos preços dos fundos imobiliários, cotados a preços inferiores a seu valor patrimonial, provocam um aumento na rentabilidade dos FIIs que conseguem manter as distribuições de dividendos sem alteração.  Esses ativos apresentam ainda a possibilidade de ganho de capital no médio e longo prazo.

Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:

SNFZ11: gestora projeta valorização da fazenda com avanços em infraestrutura

O analista João Vitor Franzini, da Suno Asset, participou de live no canal da gestora para explicar os resultados do SNFZ11, Fiagro com foco na valorização patrimonial, e apontou perspectivas otimistas para 2025.

O fundo anunciou uma distribuição de R$ 0,06 por cota, que será pago nesta sexta-feira (24), representando um aumento em relação aos meses anteriores. O dividend yield anualizado também registrou alta, atingindo 7,45%.

O principal ativo do fundo, a Fazenda Coliseu, localizada na Gaúcha do Norte (MT), apresentou melhorias significativas em infraestrutura. Entre os avanços está a pavimentação do trecho final da BR-242, facilitando o escoamento da produção agrícola, além do progresso nas obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), que ligará Goiás a Água Boa (MT), próxima ao imóvel.

Outra melhoria prevista é a instalação de um sistema de irrigação. O projeto depende da conexão elétrica já acordada, que será concluída em até 12 meses. A obra deve aumentar a produtividade e o valor da fazenda, beneficiando diretamente os investidores, já que o arrendamento também está atrelado à produtividade das safras.

O sistema de irrigação da Fazenda Coliseu é uma das apostas para aumentar a produtividade e valorizar a principal propriedade do fundo. “O sistema de irrigação, além de aumentar muito o valor da fazenda, é extremamente benéfico para os investidores do fundo, pois proporciona um crescimento significativo da produtividade. As áreas irrigadas têm um desempenho muito superior às que não possuem esse recurso”, explica Franzini.

BIDB11 tem yield mensal de 1,45% e gestora vê cenário positivo

O FI-Infra BIDB11 divulgou seus resultados referentes ao mês de dezembro. Com proventos de 1,10/cota e dividend yield equivalente a 1,45% ao mês, a Inter Asset, gestora do fundo, vê um cenário positivo para o crescimento do setor em 2025.

Tudo isso por conta das captações de recursos para infraestrutura no Brasil. Segundo relatório do fundo, espera-se um mercado primário aquecido para as debêntures incentivadas. “Em 2024 houve recorde, tanto em número quanto em investimentos contratados, de leilões de concessões, privatizações e parcerias público privadas (PPP’s), que precisarão ser financiados, tendo o mercado de capitais como uma das principais alternativas”, diz o texto.

Mesmo com cenário econômico desafiador com inflação em alta e taxa Selic em elevação, os FI-Infra ganham relevância. A gestora do BIDB11 ressalta que “é de extrema prudência estar exposto a ativos com correção monetária, sendo os FI-Infra excelentes alternativas”.

O fundo segue com um desconto em relação da cota a mercado e seu valor patrimonial, “o maior desde o início do fundo”. Isso traz uma oportunidade de ganho de capital isento de IR e yield elevado para o cotista, “uma vez que ambas tendem a convergir, com a cota de mercado passando a refletir o real valor dos ativos que compõem a carteira do fundo”, comenta a Inter Asset.

FIIs educacionais em liquidação; analista vê preferência por diversificação

Dois fundos imobiliários voltados para o segmento de imóveis educacionais estão encaminhando sua liquidação, o RBED11 e o MINT11, após a venda de todos os seus ativos. Esse cenário deixa no ar a pergunta: será que os investidores não aceitaram a ideia de um mercado tão segmentado?

O MINT11, que negociou seus imóveis com o HGRU11, realizou na semana passada um pagamento extraordinário aos investidores, no valor de R$ 0,55413258 por cota. Em dezembro, o BTG Pactual, administrador do fundo, já havia feito a amortização, no valor bruto de R$ 90,93 por cota, depois de receber os investidores seu custo médio de aquisição. 

O RBED11 convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para discutir sua liquidação, depois de vender todo o seu portfólio para o RBVA11, FII da mesma gestora, a Rio Bravo. O prazo de votação na AGE vai até 3 de fevereiro, às 15h, e o resultado será divulgado no mesmo dia pela gestora, após o fechamento do mercado.

A analista CNPI Maria Fernanda Violatti, especialista em finanças pessoais e no mercado de FIIs, destaca que a diversificação dos tipos de ativos é algo muito valorizado pelos investidores. “O nosso mercado acaba tendo uma tendência para valorizar principalmente fundos que tenham maior diversificação, por vários motivos, como a redução de riscos. A diversificação dilui riscos associados a um único setor”, explica.

XPML11 conclui compra milionária de parte de 3 shoppings de Allos

O fundo imobiliário XPML11 anunciou a finalização da aquisição de participações em empreendimentos imobiliários pertencentes à Allos. O valor total destinado à compra dos ativos é de R$ 395,757 milhões.

Esse montante será utilizado pelo FII XPML11 para a compra de participação indireta de 9,90% no Plaza Sul Shopping, situado em São Paulo; participação indireta de 20% no Carioca Shopping, no Rio de Janeiro; e participação direta de 10% no Shopping Tijuca, também no Rio.

O impacto financeiro dessa transação nos próximos 12 meses será de cerca de R$ 30,278 milhões. Isso representa uma possível distribuição bruta anual de dividendos do XPML11 de aproximadamente R$ 0,53 por cota. A gestão enfatizou, no entanto, que trata-se de projeção e não de promessa de rentabilidade.

Após a conclusão da transação, o XPML11 e a Allos, negociada em Bolsa com o ticker ALOS3, passarão a ser sócias em um total de seis ativos, com a vendedora mantendo a responsabilidade pela administração dos empreendimentos.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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