CPTS11 divulga queda nos resultados de setembro; estratégia do FII será reciclagem de portfólio

O relatório mensal do FII CPTS11 mostrou uma baixa de 28,2% nos resultados em comparação com o mês anterior

CPTS11 divulga queda nos resultados de setembro; estratégia do FII será reciclagem de portfólio
BCFF11 cai pela 4ª vez, MXRF11 recua novamente e IFIX atinge menor cotação em mais de 3 meses. Foto: Pixabay

O fundo imobiliário CPTS11 divulgou nesta quinta-feira (26) seus resultados mensais referentes a setembro. Em relatório, o FII registrou R$ 0,054 por cota, o que representa uma queda de 28,2% nos seus resultados ante o mês anterior, que apresentou R$ R$ 0,078.

“O foco atual da gestão continua sendo o aumento da taxa média de aquisição dos papéis via reciclagem da carteira em operações de mesmo perfil de crédito high grade a taxas mais altas”, destacou o fundo.

No documento, a gestão explicou que o resultado foi menor em razão do recebimento do pagamento da parcela final do FII GTLG11, que foi incorporado a HGLG11.

“Apesar desse prejuízo não recorrente ter afetado o resultado do fundo no mês, o dinheiro recebido foi alocado em ativos a taxas melhores, o que deve contribuir para melhorar o resultado do fundo no médio e longo prazo. Além disso, no mês de setembro tivemos o desdobramento do CPTS11 na proporção de 1 para 10”, afirmou. 

Além disso, o fundo também destacou o impacto da inflação baixa nos últimos meses e a lateralidade do mercado de FIIs que fizeram com que a gestão não conseguisse amenizar completamente o efeito desse prejuízo não recorrente com ganho de capital. 

Ainda, em razão da deflação que caiu 0.08% no mês de junho e a baixa correção do IPCA em julho e agosto, os papéis do CPTS11, que são indexados ao IPCA, tiveram baixa atualização monetária, o que impactou o resultado do mês.

“Apesar do resultado não recorrente negativo no mês, o recebimento contribui para o resultado do fundo no longo prazo, pois os recursos foram alocados em operações de qualidade semelhante porém a uma taxa maior, como é o caso das alocações no mês: CRI VBI Garden adquirido a IPCA + 9.75%, CRI Hedge Desenvol. Logístico a IPCA + 8.26%, CRI JFL Living a IPCA + 7.90% e CRI General Shopping a IPCA + 8.35%”, apontou.

No entanto, comparado com outros pares que têm o mesmo perfil de carteira, o CPTS afirmou ter entregado um dividend yield em linha ou até mesmo acima. “Ressalvamos que o desdobramento não gerou qualquer impacto financeiro para o fundo ou para o investidor”, disse a gestão em relatório.

Atualmente, o dividend yield de CPTS11 é de 7,78%. Nos últimos 12 meses, o DY registrou 10,07%.

“O intuito de desdobrar as cotas é para aumentar a acessibilidade e capilaridade do fundo e consequentemente incrementar a liquidez no mercado secundário”, acrescentou.

Veja mais informações sobre o FII

Com sua constituição desde agosto de 2014, o objetivo do fundo imobiliário CPTS11 é investir em papéis. Seu administrador é o BTG Pactual.

Em seu último resultado divulgado, o fundo apontou que sua liquidez diária é de R$ 6.856.314,30. O FII faz parte da carteira teórica do IFIX, e atualmente conta com 243.898 cotistas.

O patrimônio do fundo CPTS11 é de R$ 2,82 bilhões. 

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foto: Vanessa Loiola
Vanessa Loiola

Jornalista formada pela PUC-SP e pós-graduanda em jornalismo de dados, automação e data storytelling pelo Insper. Possui experiência na cobertura das editorias de economia, finanças, bolsa de valores, política, setor elétrico, eletromobilidade e entretenimento.

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