Dividendos puxam alta e IFIX consegue fechar maio no azul
Anúncio de valores de dividendos e datas de pagamento fizeram o mercado se agitar e trabalhar em viés de alta.
A expectativa pelos anúncios de dividendos por mais de 150 fundos imobiliários (FIIs) agitou o mercado no dia seguinte ao feriado de Corpus Christi e permitiu ao IFIX fechar o mês de maio no azul – mas por muito pouco.
O índice de FIIs fechou nesta sexta-feira (31) em 3.382,34 pontos, alta de 0,33% em relação à véspera e de 0,015% em relação ao encerramento de abril, em 3.391,79 pontos.
Assim, o mês de abril segue como único com resultado negativo do IFIX no ano, de 0,77%, após resultados positivos em janeiro (0,59%), fevereiro (0,79%) e março (1,43%). No acumulado do ano, o IFIX tem resultado positivo de 2,06%
Depois de chegar a seu pior resultado do mês na terça-feira, o mercado reaqueceu na expectativa do anúncio dos proventos, com forte movimentação de alguns dos principais fundos negociados.
A instabilidade do do mercado de FIIs desde meados de abril se deve à abertura na curva de juros futuros iniciada em meados de abril e sinalizada pelos títulos NTN-B do Tesouro Direto, papeis atrelados ao IPCA com vencimento em 2035, que nesta sexta-feira eram negociados com spread de 6,14%.
Esses rendimentos, segundo especialistas, acabam reduzindo a atratividade dos investimentos em renda variável, no qual se inclui o mercado de fundos imobiliários, e estimulando o direcionamento das alocações para a renda fixa.
Dividendos de FIIs: altas e baixas do dia
Entre as principais oscilações do dia, o FII RBRP11 registrou alta de 6,88%, negociado a R$ 61,88 no fim do pregão. Curiosamente, o fundo só anuncia valores de dividendos no quinto dia útil. O SPXS11 avançou 3,90%, a R$ 9,85, e o MCHY11 teve valorização de 3,61%, cotado a R$ 9,77.
Na outra ponta, o JSAF11 teve a maior desvalorização, de 3,07%, cotado a R$ 101,10 no encerramento das negociações. O BTRA11 teve queda de 2,04%, a R$ 53,85, enquanto o KNSC11 caiu 1,50%, negociado a R$ 9,20 por cota.
O MXRF11, que anunciou dividendos de R$ 0,10 por cota pelo quinto mês consecutivo, liderou o volume de cotas negociadas, com cerca de 1,1 milhão de papeis que mudaram de mãos, seguido pelo CPTS11, com mais de 1 milhão de negociações, e pelo MCHY11, com 850 mil cotas com nova propriedade.