SNCI11 registra receita de R$ 4,9 mi e se destaca por distribuição de dividendos
Considerando a cotação de fechamento de agosto, o rendimento atual do SNCI11 representa um DY mensal de 1,027%.
O SNCI11, FII de papel da Suno Asset, obteve em agosto uma receita distribuível de R$ 4,9 milhões, tendo reservado para distribuição de dividendos aos cotistas R$ 4,2 milhões, o equivalente a R$ 1,00 por cota, com pagamento reservado para a próxima quarta-feira (25). Segundo relatório gerencial, o fundo se posiciona com esse patamar entre os 25% dos fundos com maior poder de distribuição de proventos do mercado.
No mês, o Fundo apresentou uma rentabilidade de 2,45%, considerando a cotação de fechamentode agosto, que foi de R$ 97,30. O rendimento atual do SNCI11 representa um Dividend Yield (DY) mensal de 1,027%, equivalente a 13,05% ao ano. Nos últimos 12 meses, o pagamento acumulado é de R$ 11,55 por cota, o que representa um retorno de 11,87% sobre essa mesma cotação.
Segundo a gestora do SNCI11, o fundo tem capacidade de manter essa distribuição enquanto o IPCA estiver na banda superior do limite da meta, de 3% ao ano, e o CDI permanecer em dois dígitos, o que deve se prolongar com a Selic elevada em 10,75%, na semana passada.
“Com um pipeline de alocação de pouco mais de R$ 50 milhões a uma taxa média de 15,5% a 16,5% a.a. até o final do primeiro semestre de 2025, acreditamos que o giro previsto do portfólio continuará a rentabilizar o patrimônio dos cotistas de forma consistente”, comenta a Suno Asset em relatório.
Com isso, o SNCI11 se destaca entre os 25% dos fundos com maior poder de distribuição de proventos, segundo Bruno Zocchi, analista da Suno Asset. “O terceiro quartil dos fundos pares distribuiu em torno de R$ 0,95, enquanto o SNCI11 distribuiu cerca de R$ 1,00”, explicou em live no YouTube. Ele ressalta que esses “fundos pares” são FIIs de papel listados no IFIX, com liquidez diária superior a R$ 500 mil.
Cotação SNCI11
O spread de crédito do veículo atingiu o seu 3º maior valor desde o início do Fundo, acima da média histórica do veículo, fechando o mês a 3,71% (frente a uma média de 3,06%). Para Zocchi, esse desempenho reflete a habilidade do SNCI11 de alocar recursos em operações rentáveis, especialmente no atual cenário de Selic elevada. Zocchi também destaca que “o aumento da Selic pode ampliar o poder de distribuição do fundo”. No entanto, ele alerta que a prioridade é sempre avaliar a capacidade de crédito dos devedores do fundo.
Além disso, em agosto, o fundo imobiliário SNCI11 aumentou levemente seu yield all in da carteira para 15,53%. A alocação percentual em ativos indexados ao CDI finalizou o mês em 21,3% do PL, enquanto o IPCA representou 64,1% do PL e FIIs (16,4% do PL). A alocação em caixa finaliza a diversificação do fundo, que conta com 5% do PL advindo de recursos de alavancagem a um custo de CDI + 1,00% a.a.
Dividendos do SNCI11: movimentação da carteira
Em agosto, o SNCI11 concluiu a venda de R$ 2,99 milhões do CRI Comporte, mantendo a taxa de CDI + 3,85%, igual à da aquisição original do ativo. O fundo também realizou um aporte de R$ 5 milhões no CRI MZM (MZM IV), a uma taxa de IPCA + 12,95%, garantindo o andamento das obras do empreendimento.
Com isso, o SNCI11 já totaliza R$ 35 milhões integralizados no MZM, com uma exposição de R$ 26,6 milhões (6,4% do patrimônio líquido do fundo), após a venda de R$ 4,7 milhões e a amortização de R$ 3,7 milhões
No mês, o SNCI alcançou uma rentabilidade patrimonial de 0,44%, encerrando com um P/VP de 0,98, ligeiramente acima dos 0,97 do mês anterior.
Houve também uma redução no gap entre o VP e o preço de tela da cota do SNCI11, que aumentou 2,45%, fechando o mês em R$ 97,30.
Zocchi afirma que o SNCI11 mantém uma “carteira 100% adimplente, bem distribuída, com concentração média de 3% entre os ativos”. Segundo o analista, a carteira é resiliente e segura, capaz de suportar apertos monetários.
Investimentos do SNCI11: como funciona o fundo
O fundo imobiliário SNCI11 tem como objetivo principal auferir ganho investindo em diferentes tipos de dívida que fomentem o mercado imobiliário, principalmente nos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).
Até o final de agosto, o FII contava com um total de 38 ativos em sua carteira, assim como um patrimônio líquido total de R$ 415,64 milhões. Os CRIs presentes no portfólio contam com um yield médio ponderado de 15,53%, enquanto o yield médio ponderado dos FIIs é de 13,58%.
Em agosto, o Fundo completou 3 anos de existência. No mês, o Fundo apresentou uma rentabilidade de 2,45%. O setor mais representativo da carteira do SNCI11 é o de incorporação, enquanto, o segundo colocado é o de energia.