SNME11 paga dividendos de 1,25% e aposta em hedge funds para superar o IFIX

SNME11 paga dividendos de 1,25% e aposta em hedge funds para superar o IFIX
SNME11 registra DY de 1,25% - Foto: Freepik

O fundo imobiliário SNME11 distribuiu dividendos de R$ 0,11 por cota nesta semana, referentes ao desempenho mensal de fevereiro, com um dividend yield de 1,25% com base na cota de fechamento (R$ 8,80) do dia 28/02. Em relatório, a gestão pontuou a consistência do desempenho desde o início do fundo, com um alfa acumulado de 15,18% em relação ao IFIX.

No mês, o resultado contábil do SNME11 foi de R$ 778 mil, com um resultado distribuível de R$ 0,105 por cota e a manutenção de R$ 0,0555 por cota em reserva acumulada.

As receitas foram majoritariamente provenientes da carteira de CRIs, mas o fundo também registrou avanço nas receitas de FIIs e dividendos de ações, com destaque para os R$ 281 mil originados dos FIIs investidos — valor superior ao mês anterior.

Em fevereiro, o fundo teve uma variação positiva de 1,15% no mercado secundário, com
retorno total de 2,41% ao se considerar os dividendos distribuídos. A cota encerrou o mês cotada a R$ 8,80, frente ao valor patrimonial de R$ 9,14. O volume médio diário de negociação foi de R$ 43 mil.

Mesmo com a elevação dos juros reais dos títulos do Tesouro IPCA+ 2035 (de 7,68% para 7,84%), o IFIX valorizou 3,34% no mês, impulsionado pela correção parcial dos descontos acumulados no final de 2024. No comparativo com outros benchmarks, o SNME11 teve um retorno patrimonial total de 1,42% no mês, abaixo do IPCA + Yield IMA-B, que alcançou 1,86%.

Dividendos do SNME11: FII reforça posição em cotas descontadas

Durante o mês de fevereiro, o SNME11 aumentou sua exposição a três ativos — BTHF11, ITRI11 e RELG11 — com portes totais de aproximadamente R$ 1,2 milhão, o equivalente a 1,8% do patrimônio líquido.

A gestão considera que os FOFs e Hedge Funds apresentam frequentemente descontos relevantes no mercado secundário, ou que geram oportunidades com carga atraente e potencial de valorização no prazo médio.

O fundo também voltou a investir em RELG11, cuja tese já havia sido defendida em relatórios anteriores. Segundo a equipe gestora, os descontos atuais das cotas não refletem a qualidade dos ativos imobiliários da carteira, apontando espaço para ganho de capital quando o mercado reprecificar esses ativos.

Carteira de crédito segue estável e representa 58% do portfólio

A alocação da carteira em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) foi mantida em 57,95% do patrimônio líquido. Desse total, 28,24% estão indexados ao CDI, com taxa média de aquisição de 6,46% ao ano; 25,57% estão atrelados ao IPCA, com taxa média de 12,47% ao ano; e 4,13% indexados ao INCC, com taxa de 11,50% ao ano.

A estratégia de alocação em cotas de outros FIIs representou 37,4% do PL no final de fevereiro, enquanto a exposição à estratégia de ações encerrou o mês em 2,91% do portfólio. Não houve movimentações relevantes na carteira de crédito.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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