Com gestão da Suno Asset, FIDC Agro Paraná financiará produtores rurais no Estado
Fundo foi estruturado pelo governo do Estado, que alocou R$ 150 milhões; Suno Asset venceu seleção técnica para a gestão.
O FIDC Agro Paraná foi estruturado pelo governo paranaense com o objetivo de alavancar o financiamento do agronegócio do Estado. A Suno Asset foi selecionada como gestora do fundo, lançado pelo governo do Paraná nesta quinta-feira (3), durante evento na B3.
FDIC é a sigla para Fundo de Investimento em Direitos Creditórios. Neste caso, ele atuará no financiamento direto das cadeias produtivas do agronegócio. Os recursos captados serão usados por produtores rurais para financiar projetos de infraestrutura, como irrigação, silos para armazenagem e fábricas de produção de etanol de milho, entre outras atividades.
Os investidores, por sua vez, serão divididos em três tipos de cota: sênior, mezanina e subordinada, cada uma delas com diferentes condições de remuneração. O governo estadual, por meio da Fomento Paraná, empresa estadual de estímulo ao desenvolvimento, vai investir R$ 150 milhões nas cotas sênior. O mercado entrará na cota mezanina, enquanto indústrias e cooperativas entrarão na classe subordinada.
Segundo o governador Ratinho Júnior, a criação do fundo busca aproveitar dois dos principais potenciais econômicos do Paraná: a força da agroindústria e o modelo produtivo cooperativista. “Com a ampliação da oferta de crédito, queremos estimular os investimentos em áreas que são a vocação do Paraná”, afirmou.
FIDC Agro Paraná: vantagens do fundo
A Suno Asset foi selecionada como gestora do FIDC Agro Paraná depois de vencer uma chamada pública da Fomento Paraná, por ter apresentado o modelo mais interessante de gestão. Contou, também, a experiência da empresa na gestão dos Fiagros SNAG11 e SNFZ11, além de outro FIDC, o CAFE11.
A empresa, em parceria com o governo paranaense, acredita que a captação de recursos será fundamental para o estímulo, num momento em que o agronegócio brasileiro cresce mais do que a capacidade de financiamento oferecida pelo Plano Safra, do governo federal.
Isso aumenta a importância do mercado de capitais para alavancar o capital e impulsionar o crescimento do agronegócio. No modelo apresentado, os produtores agrícolas do Paraná terão acesso a um crédito com custo que pode chegar a 9% ao ano, muito abaixo do praticado no mercado pelos grandes bancos.
Com esse recurso barato, aliado a um prazo alongado, o FIDC Agro Paraná proporcionará aos agricultores do Estado a capacidade de investir em infraestrutura, com consequências positivas para a geração de empregos e renda, retroalimentando o ciclo de geração de riqueza e redução da desigualdade social.
