VRTA11 amplia carteira de CRIs e tem lucro de R$ 14,2 milhões


O fundo imobiliário Fator Verità (VRTA11) avançou em sua estratégia de alocação em crédito imobiliário ao longo de setembro, com novas aquisições de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) que somaram R$ 9,1 milhões. As operações contribuíram para manter o ritmo de geração de resultados, que totalizaram R$ 14,27 milhões no mês.

Entre as novas posições, o fundo adquiriu R$ 2,1 milhões do CRI Epitácio, com remuneração de CDI + 4,00% ao ano, R$ 2,0 milhões do CRI Summus, atrelado a IPCA + 11,50%, e R$ 5,0 milhões do CRI JRM, remunerado a CDI + 2,50%.
Ao mesmo tempo, a gestora realizou ajustes na carteira, com vendas de R$ 8,7 milhões do CRI Dal Pozzo, R$ 5,0 milhões do CRI Lote5 e R$ 5,0 milhões do CRI Solfarma.
O fundo também recebeu o resgate antecipado do CRI Azul, no valor de R$ 15,5 milhões, e a quitação antecipada de R$ 12,9 milhões em operações compromissadas reversas.
Esses movimentos contribuíram para a redução da alavancagem, cujo saldo das operações compromissadas fechou setembro em R$ 55,3 milhões, com vencimento em dezembro de 2025 e remuneração de CDI + 0,74% ao ano.
Assim, o VRTA11 encerrou o mês com R$ 46 milhões em caixa, equivalente a 3,5% do patrimônio líquido, montante que será destinado ao pagamento de dividendos e à alocação de novos CRIs que estão em fase final de análise — um pipeline que soma mais de R$ 50 milhões.
VRTA11: Dividendos e desempenho de setembro
Em setembro, o fundo distribuiu R$ 0,85 por cota, mantendo uma reserva de R$ 0,79 por cota para obrigações futuras e eventual reforço aos dividendos.
O rendimento mensal representou um dividend yield de 1,07%, considerando a cotação de fechamento em R$ 79,30, o equivalente a 103% do CDI (bruto de impostos).
O P/VP do fundo encerrou o mês em 0,94x, indicando que as cotas seguem negociadas com desconto em relação ao valor patrimonial. A gestora destacou que a queda recente nas cotações dos FIIs de papel está associada à expectativa de alta na taxa de juros, e não a deteriorações de crédito.
Adimplência e cenário macroeconômico
A maioria dos CRIs que compõem a carteira do VRTA11 segue adimplente e em conformidade com os pagamentos, segundo a gestora.
A desaceleração do IPCA, que ficou em -0,11% em agosto, teve impacto limitado no portfólio, já que os títulos indexados à inflação possuem defasagem de 2 a 3 meses nos repasses.