FIIs: XPML11 capta R$ 264 mi em fase de emissão e outros fundos preparam ofertas; veja os destaques da semana 

A semana para os principais fundos imobiliários (FIIs) do mercado foi marcada por desdobramento de cotas, emissões e compra de ativos.

FIIs: XPML11 capta R$ 264 mi em fase de emissão e outros fundos preparam ofertas; veja os destaques da semana 
FIIs. Foto: Pixabay

A semana para os principais fundos imobiliários (FIIs) do mercado foi marcada por desdobramento de cotas, emissões e compra de ativos. Neste contexto, o XPML11 captou R$ 264,9 milhões na fase preferencial de sua 10ª emissão, enquanto o KNCR11 colocou em votação a possibilidade de uma nova oferta. 

No caso do XPML11, o FII anunciou o encerramento do período de exercício do direito de preferência, referente a sua 10ª emissão de cotas. Até o momento, foram subscritas e integralizadas 2.367.143 cotas, o que corresponde a R$ 264,9 milhões.

Desse modo, ainda restam 4.781.459 de cotas, desconsiderando a emissão de cotas de um eventual lote adicional, equivalentes a R$ 535,09 milhões (sem levar em conta a taxa de distribuição primária).

Outro FII que pode realizar emissões é o KNCR11. O FII convidou os investidores para participarem de uma nova assembleia geral extraordinária, visando deliberar sobre a aprovação da 10ª emissão de cotas do fundo.

A manifestação dos votos e o envio das procurações devem ser feitos até às 17h de 9 de fevereiro de 2024. Caso seja aprovada, a oferta do FII KNCR11 prevê a emissão de até 9,91 milhões de novas cotas, com preço unitário de R$ 100,87. 

Além disso, o HSML11 atualizou os  investidores sobre sua 3ª emissão de cotas. O FII anunciou o encerramento do período de exercício do direito de preferência de sua 3ª emissão de cotas. Até o momento, foram subscritas e integralizadas 708.068 novas cotas, correspondente a R$ 66,799 milhões.

Ainda restam cerca de 3 milhões de novas cotas do FII HSML11 que podem ser subscritas e integralizadas pelos investidores da oferta, equivalente a R$ 283,2 milhões (desconsiderando novas cotas de lote adicional). O FII tem o objetivo de captar R$ 350 milhões, equivalente à emissão de 3,71 milhões de cotas.

FIIs: RBRF11 terá desdobramento de cotas na razão de 1 para 10

O fundo imobiliário RBRF11 anunciou a aprovação de um novo desdobramento de cotas, na proporção de 1 para 10. O novo desdobramento de cotas do RBRF11 será realizado no fechamento dos mercados do dia 30 de janeiro de 2024. Com isso, cada cota de emissão detida até essa data base dará direito ao investidor a receber outras 9 novas cotas, totalizando 10 cotas.

As cotas do FII RBRF11 vão passar a ser negociadas na forma desdobrada a partir do pregão do dia 31 de janeiro de 2024. As cotas decorrentes desse desdobramento serão creditadas a esses investidores até 2 de fevereiro de 2024. Antes do desdobramento, o fundo tinha cerca de 13,68 milhões de cotas e, após esse processo, vai passar a ter mais de 136,807 milhões de cotas no total.

TVRI11 conclui venda de imóvel e BROF11 investe em novo ativo premium 

O Fundo TVRI11 anunciou que as condições necessárias para a conclusão da venda do edifício localizado na Rua Halfeld, 770, em Juiz de Fora (Minas Gerais), conhecido como Agência Juiz de Fora, foram cumpridas. O lucro da operação é estimado em R$ 23,5 milhões.

Dessa forma, o TVRI11 recebeu a primeira parcela no valor líquido de R$ 7.326.000,00. Ainda está previsto a realização de benfeitorias no imóvel estimadas em R$ 2 milhões, a serem custeadas pelo fundo. Atualmente, o imóvel é alugado pelo Banco do Brasil. O lucro estimado da operação é de R$23.535.414,89, equivalente a aproximadamente R$1,48 por cota. O valor da transação foi estipulado em R$52.326 milhões. 

Por sua vez, BROF11 trouxe novos detalhes sobre a emissão de dívida (CRI) para a aquisição de um novo ativo para sua carteira. Segundo a gestão, o FII comprou 32% da Área Bruta Locável (ABL) total do Edifício E-Tower (Escritórios AAA), que está situado na região da JK, em São Paulo.

RBVA11 suspende venda de imóvel locado à caixa

O fundo imobiliário RBVA11 anunciou em fato relevante o encerramento das negociações para a venda de imóvel ocupado por agência da Caixa Econômica Federal no bairro Planalto Paulista, em São Paulo. Apesar da suspensão do negócio, o fundo afirmou manter o foco na otimização do valor e prevê uma distribuição de R$ 1,00 por cota para o semestre.

FIIs de lajes corporativas estão baratos, apontam analistas 

O fundo imobiliário Vinci Offices (VINO11) é um dos fundos imobiliários mais populares do mercado, no entanto, suas cotas são negociadas com preço mais baixo que o valor patrimonial, numa relação P/VP de 0,74x.

A situação do FII VINO11 tem sido comum ao setor de lajes corporativas, ou seja, os fundos imobiliários cujo patrimônio está prioritariamente alocado em edifícios de escritórios. Esse segmento tem passado por um processo de recuperação, ainda em busca de retomar níveis de ocupação e rentabilidade vividos antes da pandemia de covid-19, que causou um chacoalhão no mercado especialmente entre 2020 e 2021.

Os FIIs de lajes corporativas foram seriamente afetados pelas restrições de circulação e pela adoção, por muitos setores, do trabalho em home office. Além disso, devoluções em massa e renegociações de contrato aumentaram os índices de vacância, tanto física quanto financeira, o que reduziu o valor de mercado dos fundos de lajes corporativas.

“O mercado corporativo em São Paulo voltou a ter absorções líquidas nos últimos trimestres, porém ainda dispõe de uma alta vacância consolidada, na ordem de 23% a 24%. É um setor ligado diretamente à economia do país, e a volta das ocupações é mais gradual que a observada em outros setores”, aponta o analista Pedro Dafico, da Suno Research, sobre o cenário que pode impactar os FIIs.

Leia mais: VINO11 e outros FIIS de lajes corporativas estão baratos: o que acontece com o setor?

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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