Aproximação entre gestoras e investidores é peça-chave na expansão dos fundos imobiliários

Mercado de FIIs cresce no Brasil mesmo em cenário adverso; o que explica essa tendência?

Aproximação entre gestoras e investidores é peça-chave na expansão dos fundos imobiliários
Fundos imobiliários - GRI Club, iStock

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Foi-se o tempo em que guardar dinheiro na poupança era sinal de investimento. No decorrer das últimas décadas, novos instrumentos se popularizaram, e opções como os fundos imobiliários (FIIs) passaram a fazer parte da rotina de milhões de pessoas, dos mais afortunados até aqueles que estão apenas começando a construir um patrimônio e buscam opções mais rentáveis – mas ao mesmo tempo seguras – para aplicar seus recursos financeiros.

Em julho de 2024, o mercado de FIIs alcançou a marca de 2,75 milhões de investidores, dos quais a maioria é pessoa física – respondendo por 76% do volume em custódia e por 64% do volume negociado, segundo o boletim informativo mais recente publicado pela B3.

É importante destacar que os fundos imobiliários passaram por um grande teste há poucos anos, frente às consequências da covid-19, algumas das quais se desdobram até hoje, como o alto patamar dos juros, um dos fatores mais decisivos para o desempenho dessa indústria.

Alguns setores severamente impactados pelas restrições de circulação – como escritórios e shopping centers – respondem por importante parcela dos FIIs em funcionamento no Brasil, e apesar do choque inicial conseguiram se sustentar e superar as adversidades. No primeiro semestre de 2024, os fundos de shoppings foram protagonistas em emissões e transações, reafirmando sua resiliência.

É óbvio que este sucesso se deve, em grande parte, à excelência das gestoras e às evoluções regulatórias, mas o resultado seria outro se os investidores não tivessem uma boa compreensão do mercado.

Como os gestores gostam de salientar, a qualidade de um portfólio vai muito além do dividend yield pago mensalmente, porém esse entendimento só ocorre conforme o mercado se torna mais maduro – essencialmente quando esse amadurecimento é observado nos investidores que sustentam a indústria de fundos imobiliários.

Mas nem sempre foi assim. Em meados de 2018, quando o número de investidores em FIIs não superava os 200 mil, havia um sentimento comum aos players dessa indústria de que era necessário aproximá-los para destravar o potencial dos fundos imobiliários no Brasil, observando o sucesso desse mercado em outros grandes países do mundo, onde também há oferta e demanda em escala.

“Conforme os fundos imobiliários foram ganhando importância no mercado, os membros do GRI Club nos trouxeram essa demanda. O potencial era óbvio, mas faltava um ponto de encontro organizado por uma casa isenta”, afirma Robinson Silva, Sócio & COO do GRI Club.

Saiba mais sobre Fórum GRI de Fundos Imobiliários

Foi o estímulo perfeito para a criação do Fórum GRI de Fundos Imobiliários, que conecta todos os atores do setor, das gestoras aos investidores – sejam eles institucionais ou pessoa física -, abrangendo também incorporadoras, corretoras e casas de research, além de autoridades do Banco Central e da Comissão de
Valores Mobiliários, dentre outros.

O sucesso foi imediato, e o fórum se consolidou ano após ano como o principal ponto de encontro para debater as tendências e oportunidades, bem como os desafios que precisam ser endereçados para sustentar o crescimento dos FIIs no Brasil, uma trajetória que ainda está apenas começando, vide o tamanho desse mercado em outros países, especialmente nos Estados Unidos.

Nomes como Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central e atualmente presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento; Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do BNDES, atualmente diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados do Safra; Mansueto Almeida, ex-secretário do Tesouro Nacional e atualmente economista-chefe do BTG Pactual; e Gabriel Galípolo, diretor
de Política Monetária do Banco Central, participam do Fórum GRI de Fundos Imobiliários, além de líderes das principais gestoras do país, como BTG, XP, Pátria, Kinea, Vinci Partners, Hedge, Rio Bravo Suno Asset e Tivio, dentre outras.

Nas primeiras seis edições, foram mais de três mil executivos seniores presentes, além de 40 mil visualizações nas transmissões online dos painéis, que são realizadas desde 2022.

A 7ª edição está marcada para 29 de outubro, em São Paulo, com importantes novidades, como as trilhas simultâneas e uma programação que traz discussões inovadoras.

A participação online dá acesso a 100% dos painéis do fórum e é gratuita, destinada aos investidores pessoa física e demais interessados na indústria. Presencialmente, estarão os líderes de gestoras, incorporadoras, autoridades e demais players seniores do setor. Saiba mais e registre-se.

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foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

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