Fundo imobiliário explica ações para receber valores atrasados
O fundo imobiliário MGHT11, que atua na área de hotelaria, está tentando receber os valores atrasados de devedor comprado por outro grupo.
O fundo imobiliário MGHT11 participou de nova assembleia especial de titulares dos CRIs da 4ª emissão da OPEA Securitizadora. O objetivo da convocação era pautar a suspensão do vencimento antecipado dos CRIs, por conta da inadimplência. O FII vem tentando tomar as medidas cabíveis para receber os valores atrasados até então.
Outra assembleia seria realizada em setembro de 2024, mas a gestão do FII MGHT11 solicitou a sua suspensão, diante da recente compra da Selina, emissora dos CRIs, pela Collective. Assim, uma nova assembleia foi proposta para o dia 18 de outubro. Nessa data, o pleito de suspensão do vencimento antecipado dos papéis acabou sendo rejeitado, permitindo que os CRIs retomassem seu vencimento antecipado pela inadimplência.
Por esse motivo, a gestão decidiu contratar um assessor legal para tratar de medidas jurídicas que fossem cabíveis nesse processo.
Segundo a gestão do fundo MGHT11, todos os esforços vêm sendo realizados de maneira pacífica, de forma a solucionar as questões do inadimplemento pelas empresas do grupo Selina, buscando pela adimplência dos aluguéis e desses CRIs.
Isso vem sendo buscado através de um “estreito relacionamento com a diretoria local da Selina, oferecendo suporte na análise de opções viáveis para uma eventual reestruturação da empresa, com o objetivo de possibilitar a retomada dos pagamentos dos CRIs”, alega a gestão do FII.
Além disso, a gestão do fundo imobiliário MGHT11 também enviou uma notificação extrajudicial para a Collective, visando a apresentação de um plano de ação para essa operação, cujo prazo de resposta foi até 16 de outubro, embora sem novidades até então.
Fundo imobiliário MGHT11 detalha inadimplência
Em seu último relatório, o MGHT11 trouxe detalhes em relação à inadimplência dos aluguéis de Vila Madalena e Búzios, assim como dos CRIs, que continuou em setembro, somando 4 meses seguidos sem pagamentos da Selina.
Por conta disso, o MGHT11 acabou se apropriando da caução do contrato de aluguel do imóvel em Vila Madalena, cujo valor corresponde ao terceiro mês de aluguel, consumindo quase o valor total referente ao caução do acordo, que até então estava como garantia do contrato. O fundo imobiliário também suspendeu a distribuição de dividendos aos cotistas.