Fundo imobiliário de renda urbana reduz vacância com novo contrato 

Fundo imobiliário RECT11 agora tem vacância de 8,55%, mas segue negociado com forte desconto devido a alto grau de alavancagem.

Fundo imobiliário de renda urbana reduz vacância com novo contrato 
Fundo imobiliário RECT11 atua no mercado corporativo - Foto: iStock

O fundo imobiliário RECT11 anunciou um novo contrato de locação para o Condomínio Canopus Corporate Alphaville, situado na cidade de Barueri, num espaço de 1.137,22 metros quadrados localizado no 19º andar da Torre Sul – Bloco A do empreendimento.

O acordo, celebrado com a empresa Multi Lines Brazil, tem prazo de 60 meses, a contar de 5 de janeiro de 2025,e vai ajudar a reduzir a vacância do fundo para 8,55%. A REC, gestora do FII, informou que não haverá impactos imediatos na distribuição de dividendos.

A empresa anunciou também a extensão por 36 meses do contrato com a empresa Norcoast Logística de dois conjuntos comerciais no Edifício Parque Ana Costa, em Santos (SP), com área locável de 827,60 metros quadrados. O acordo, que venceria em 21 de maio de 2026, agora vai até 2029.

A gestora informou que sua equipe comercial segue empenhada no esforço de locação das demais áreas vagas do portfólio do Fundo e na eventual venda de ativos que possa ajudar a reduzir a alavancagem do RECT11.

FII RECT11: saiba mais sobre o portfólio

O fundo imobiliário RECT11 detém um patrimônio líquido de R$ 785,7 milhões, ou R$ 91,97 por cota, com participação na propriedade de nove empreendimentos, todos no segmento de lajes corporativas, e um endividamento na casa de R$ 178,8 milhões em CRIs emitidos para a aquisição de dois desses imóveis, o Barra da Tijuca Corporate, no Rio, e o Evolution, em Barueri.

Desse valor, cerca de R$ 123,9 milhões são referentes ao valor principal da dívida, que só podem ser quitados a partir de novas emissões de cotas, o que seria desfavorável nas atuais condições de mercado, ou a partir da venda de outros ativos. Da renda mensal, a gestora pode reter apenas 5% do valor, ou seja, a parte não distribuível aos cotistas em forma de dividendos, para realizar esse pagamento.

No caso do CRI Barra, o pagamento do principal está suspenso até julho de 2025, após renegociação com os credores, enquanto no caso do CRI Evolution as parcelas vêm descontando parte do valor principal, a um custo anual de R$ 4,8 milhões. A venda de um ativo ou uma renegociação similar é vista como fundamental para reduzir a pressão sobre as receitas do RECT11.

A situação vem impactando na cotação do fundo imobiliário RECT11, que acumula quase 50% de queda ao longo do ano. Na última segunda-feira (23), fechou negociado a R$ 25,36, um P/VP de 0,27x.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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