TOPP11 revisa aluguéis e registra valorização patrimonial

TOPP11 revisa aluguéis e registra valorização patrimonial
Fundos imobiliários. Foto:Pexels.

O fundo imobiliário TOPP11 registrou no mês de junho um resultado de R$ 3,83 milhões e segue focado em capturar valorização real em seus ativos. Um dos destaques do mês foi a revisional contratual no Edifício Metropolitan, que resultou em um aumento de 26% no preço médio do aluguel, contribuindo para o movimento contínuo da gestora de elevar a receita recorrente do portfólio.

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Além da performance operacional, o fundo também registrou valorização patrimonial expressiva. Segundo o informe mensal, os ativos do portfólio somavam R$ 673,3 milhões em junho de 2025, crescimento de 8,5% em relação ao preço de aquisição — R$ 620,4 milhões — no intervalo de apenas oito meses.

Para efeito de comparação, o IPCA acumulado no mesmo período foi de 3,9%, o que reforça a tese de valorização real dos imóveis que compõem a carteira do TOPP11.

Em julho, o fundo pagou dividendos de R$ 0,84 por cota. Com a cotação de R$ 71,36 no fechamento de 30 de junho, o dividend yield mensal do FII atinge 1,18%.

TOPP11 faz movimentos de reajustes

No Edifício Platinum, outra movimentação importante foi a consolidação de um novo patamar de aluguel, com locação a R$ 365/m², valor 17% acima da média anterior. O fundo também continua realizando revisionais e renovações contratuais com reajustes superiores a 15% em média, acompanhando a recuperação do mercado de escritórios em regiões estratégicas.

Apesar dos avanços, a cota do TOPP11 ainda é negociada com desconto de 31,97% em relação ao valor de avaliação do portfólio — um fator que, segundo a gestão, pode representar uma janela de oportunidade para o investidor que busca exposição a imóveis com potencial de valorização e fluxo de caixa crescente.

Dividendos do fundo imobiliário seguirão acima da rentabilidade até 2026

Em relação ao valor a ser pago em abril de 2026, referente à aquisição de imóveis, a gestora reafirma que a obrigação não sofre reajuste até o vencimento e permite ao fundo receber os aluguéis integralmente durante esse período. O plano original previa uma nova emissão de cotas para levantar os recursos necessários, tanto para a quitação quanto para ampliar e diversificar o portfólio.

No entanto, o cenário atual de mercado de capitais desafiador, somado à desvalorização da cota no mercado secundário em relação ao valor patrimonial, inviabiliza a realização dessa emissão no curto prazo. Com isso, a gestora já trabalha em uma alternativa via emissão de CRI (Certificado de Recebível Imobiliário) para viabilizar o pagamento da parcela em 2026.

Até a quitação da aquisição em abril de 2026, o fundo seguirá distribuindo dividendos acima da rentabilidade da transação, devido ao parcelamento do pagamento. A partir desse ponto, caso não ocorra uma nova emissão de cotas, o nível de proventos será ajustado à rentabilidade do ativo adquirido.

Assim, o valor final dos dividendos do fundo imobiliário dependerá de variáveis como as condições do CRI, a taxa real de juros no país, a eventual valorização dos aluguéis, e até mesmo a possibilidade da RBR abrir mão da taxa de gestão, conforme destacou o relatório gerencial. A gestão afirma que trará mais informações assim que houver maior definição sobre os termos da operação.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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