Fundos imobiliários TOPP11 e VRTM11 entram em última prévia do IFIX
Fundos imobiliários TOPP11 e VRTM11 pode começar a fazer parte do principal índice do mercado, que é renovado pela B3 a cada quatro meses.


Os fundos imobiliários TOPP11 e VRTM11 foram as novidades da última prévia divulgada pela B3 para a nova composição da carteira teórica do IFIX, que é renovada a cada quatro meses. A composição passa a valer a partir da próxima segunda-feira (5), mas a lista definitiva sai apenas após o pregão de sexta-feira (2).

O TOPP11 é um FII de lajes corporativas com gestão da RBR Asset que foi lançado em 2024 para adquirir os edifícios Metropolitan e Platinum, que compunham o portfólio do HGPO11, adquirido pelo Patria junto ao Credit Suisse também no ano passado.
O fundo tem patrimônio líquido de R$ 445 milhões, ou R$ 98,28 por cota, e distribuiu em abril dividendos de R$ 0,84 por cota. Nesta quarta-feira (30), fechou o pregão negociado a R$ 74,73, um desconto de quase 25% em relação ao valor patrimonial.
O VRTM11 tem gestão da Fator e atua como um hedge fund, ou FII multiestratégia, com mandato para adquirir quaisquer ativos imobiliários, desde imóveis, por posse direta ou por meio de ações de Sociedades de Propósito Específico (SPEs), até ativos financeiros, como CRIs e cotas de outros FIIs.
Nesta quarta-feira (30), o fundo anunciou dividendos de R$ 0,09 por cota, um dividend yield de 1,25% considerando o fechamento a R$ 7,20, no mesmo dia. Em seu último relatório, o VRTM11 informou um patrimônio líquido de R$ 437,5 milhões, ou R$ 9,31 por cota, alocado principalmente em imóveis, que representam 39,23% dos investimentos, seguido por cotas de FIIs (33,92%) e CRIs (20,95%).
Fundos imobiliários e o IFIX: como funciona o índice
O IFIX é o principal índice do mercado de FIIs e tem sua carteira teórica renovada a cada quatro meses pela B3. Entre os indicadores para que um FII seja selecionado estão valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 fundos imobiliários, valerá até sexta-feira (2).
No início do mês anterior à mudança, a B3 publica três prévias da rotação da carteira, no início e na metade do mês, para que investidores possam ajustar seus portfólios. Em teoria, não há diferença entre um FII incluído ou não no IFIX na hora de comprar e vender cotas ou de receber proventos.
Na prática, porém, a inclusão no IFIX é vista pelo mercado como uma espécie de “selo de qualidade”, ainda que a B3 não explique publicamente os motivos das mudanças na carteira. Há investidores institucionais e alguns fundos de investimento, inclusive, que só adquirem cotas de FIIs que fazem parte do índice principal da bolsa.
Entre outras inclusões em relação à carteira atual que aparecem nas prévias divulgadas em abril estão a inclusão do BTHF11, do BTG Pactual, que se fundiu ao BCFF11, um dos mais antigos FOFs (fundo de fundos) do mercado, para se tornar um hedge fund; e do PMIS11, FII multiestratégia com gestão da Paramis.
Por enquanto, segundo a B3, foram retirados outros quatro FIIs: BPFF11, BTRA11, RECT11 e XPIN11. Se essa composição for confirmada, o IFIX permanecerá com 117 fundos imobiliários em sua carteira teórica.